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Viagens-pelo-Mundo

6/17/2007

7 NOVAS MARAVILHAS DO MUNDO - 7 NEW WONDERS OF THE WORLD

SETE NOVAS MARAVILHAS
DO MUNDO
VOTAÇÃO EM PORTUGAL
SEVEN NEW WONDERS
OF THE WORLD
VOTE IN PORTUGAL
Taj Mahal - Índia

Machu Pichu - Peru

Grande Muralha da China
The Great Waal of China

Petra - Jordânia

Pirâmide maia Chichén Itzá - México


Cristo Reentor - Brasil


Coliseu - Roma



SETE MARAVILHAS
DO MUNDO ANTIGO
SEVEN WONDERS
OF ANCIENT WORLD


Pirâmides de Gizé


Jardins suspensos da Babilónia


Estátua de Zeus em Olímpia


Templo de Artemis em Éfeso


Mausoléu de Halicarnasso


Colosso de Rodes


Farol e Alexandria




SETE MARAVILHAS DO MUNDO ANTIGO
PIRÂMIDES DE GIZÉ
As três pirâmides de Gizé, Keóps, Quéfren e Miquerinos, foram construídas como túmulos reais para os reis Khufu (Keóps), Quéfren, e Menkaure (pai, filho e neto), que dão nome às pirâmides. A primeira delas, Queóps, foi construída há mais de 4.500 anos, por volta do ano 2550 a.C., chamada de Grande Pirâmide, a majestosa construção de 147 metros de altura foi a maior construção feita pelo homem durante mais de quatro mil anos, sendo superada apenas no final do século XIX (precisamente em 1889), com a construção da Torre Eiffel.
O curioso é que as pirâmides de Gizé já eram as mais antigas dentre todas as maravilhas do mundo antigo (afinal, na época já fazia mais de dois mil anos que haviam sido construídas) e são justamente as únicas que se mantém até hoje.
JARDINS SUSPENSOS DA BABILÓNIA
Os Jardins Suspensos da Babilônia são as maravilhas menos conhecidas, já que até hoje encontram-se poucos relatos e nenhum
sítio arqueológico foi encontrado com qualquer vestígio do monumento. Foram construídos por volta de 600 a.C., às margens do rio Eufrates, na Mesopotâmia - no atual sul do Iraque. Os jardins, na verdade, eram seis montanhas artificiais feitas de tijolos de barro cozido, com terraços sobrepostos onde foram plantadas árvores e flores. Calcula-se que estivessem apoiados em colunas cuja altura variava de 25 a 100 metros. Para se chegar aos terraços subia-se por uma escada de mármore; entre as folhagens havia mesas e fontes. Os jardins ficavam próximos ao palácio do rei Nabucodonosor II, que os teria mandado construir em homenagem à mulher, Amitis, saudosa das montanhas do lugar onde nascera. Como não dispunham de pedras, os babilônios usavam em suas construções tijolos de barro cozido e azulejos esmaltados. Não se sabe quando os jardins foram destruídos; sobre as ruínas da Babilônia ergueu-se, hoje, a cidade de Al-Hillah, a 160 quilômetros de Bagdad, a capital do Iraque.
ESTÁTUA DE ZEUS EM OLÍMPIA
A estátua de Zeus em Olímpia foi construída no século V a.C. por Fídias, em homenagem ao rei dos deuses gregos — Zeus. A estátua, construída em ouro e marfim e decorada com pedras preciosas, possuía 12 metros de altura. Após 800 anos foi levada para Constantinopla (hoje Istambul), onde se acredita ter sido destruída em 462 d.C. por um terremoto.
Essa é considerada a sua obra-prima. Supõe-se que a construção da estátua tenha levado cerca de oito anos. Zeus (Júpiter, para os romanos) era o senhor do Olimpo, a morada das divindades. A estátua media de 12 a 15 metros de altura - o equivalente a um prédio de cinco andares - e era toda de marfim e ébano. Seus olhos eram pedras preciosas. Fídias esculpiu Zeus sentado num trono. Na mão direita levava a estatueta de Nike, deusa da vitória; na esquerda, uma esfera sob a qual se debruçava uma águia. Supõe-se que, como em representações de outros artistas, o Zeus de Fídias também mostrasse o cenho franzido. A lenda dizia que quando Zeus franzia a fronte o Olimpo todo tremia. Quando a estátua foi construída, a rivalidade entre Atenas e Esparta pela hegemonia no Mediterrâneo e na Grécia continental mergulhou os gregos numa sucessão de guerras. Os combates, no entanto, não prejudicaram as realizações culturais e artísticas da época. Ao contrário, o século V a.C. ficou conhecido como o século de ouro na história grega devido ao extraordinário florescimento da arquitetura, escultura e outras artes. A estátua de Zeus foi destruída nesse mesmo século V a.C.
TEMPLO DE ARTEMIS EM ÉFESO
O templo de Artemis em Éfeso, construído para a deusa grega da caça e protetora dos animais selvagens, foi o maior templo do mundo antigo. Localizado em Éfeso, atual Turquia, o templo foi construído em 550 a.C. pelo arquiteto cretense Quersifrão e por seu filho, Metagenes. Após concluído virou atração turística com visitantes de diversos lugares entregando oferendas, e foi destruído em 356 a.C. por Eróstrato, que acreditava que destruindo o templo de Ártemis teria seu nome espalhado por todo o mundo. Sabendo disso, os habitantes da cidade não revelaram seu nome, só conhecido graças ao historiador Strabo. Alexandre ofereceu-se para restaurar o templo, mas ele começou a ser reconstruído só em 323 a.C., ano da morte do macedônio. Mesmo assim, em 262 d.C., ele foi novamente destruído, desta vez por um ataque dos godos. Com a conversão dos cidadãos da região e do mundo ao cristianismo, o templo foi perdendo importância e veio abaixo em 401 d.C; e hoje existe apenas um pilar da construção original em suas ruínas.
MAUSULÈU DE HALICARNASSO
O mausoléu de Halicarnasso foi o túmulo que a rainha Artemísia II de Cária mandou construir sobre os restos mortais de seu irmão e marido, o rei Mausolo, em 353 a.C.. Foi construído por dois arquitetos gregosSátiro e Pítis — e por quatro escultores gregos — Briáxis, Escopas, Leocarés e Timóteo. Hoje, os fragmentos desse monumento encontram-se no Museu Britânico, em Londres, e em Bodrum, na Turquia. A palavra mausoléu é derivada de Mausolo.
COLOSSO DE RODES
O Colosso de Rodes era uma gigantesca estátua do deus grego Hélios colocada na entrada marítima da ilha grega de Rodes. Ela foi finalizada em 280 a.C. pelo escultor Carés de Lindos, tendo 30 metros de altura e setenta toneladas de bronze, de modo que qualquer barco que entrasse na ilha passaria entre suas pernas, com um em cada margem do canal que levava ao porto. Na sua mão direita tinha um farol que guiava as embarcações à noite. Era uma estátua tão imponente que um homem de estatura normal não conseguia abraçar o seu polegar. Foi construída para comemorar a retirada das tropas macedônias que tentavam conquistar a ilha, e o material utilizado para sua confecção foram armas abandonadas pelos macedônios no lugar. Apesar de imponente, ficou em pé durante apenas 55 anos, sendo abalada por um terremoto que a jogou no fundo da baía. Ptomoleu III ofereceu-se para a reconstruir, mas os habitantes da ilha recusaram por achar que haviam ofendido Hélios. E no fundo do mar ainda era tão impressionante que muitos viajaram para vê-la lá em baixo, onde foi esquecida até a chegada dos árabes, que a venderam como sucata.
FAROL DE ALEXANDRIA
O Farol de Alexandria foi construído a mando de Ptolomeu no ano 280 a.C. pelo arquiteto e engenheiro grego Sóstrato de Cnido. Era uma torre de mármore situada na ilha de Faros (por isso, "farol"), próxima ao porto de Alexandria, Egito, no alto da qual ardia uma chama que, através de espelhos, iluminava até 50 km de distância, daí a grande fama e imponência daquele farol. À excepção das pirâmides de Gizé, foi a que mais tempo durou entre as outras maravilhas do mundo, sendo destruída por um terremoto em 1375. Suas ruínas foram encontradas em 1994 por mergulhadores.

AS NOVAS
MARAVILHAS
DO MUNDO
SELECIONADAS


THE SELECTED
NEW WONDERS
OF THE WORLD



TORRE EIFFEL
EIFFEL TOWER


Torre Eiffel - Eifell Tower

SANTA SOFIA


Santa Sofia - Santa Sofia

COLISEU DE ROMA
ROMAN COLOSSEUM

Coliseu - The Colosseum


CRIISTO REDENTOR
CHRIST THE REDEEMER
Cristo Redentor do Corcovado
The Christ the Redeemer, at Corcovado

ANGKOR

As cinco torres de Angkor Wat
The five towers of Angkor Wat

ESTÁTUA DA LIBERDADE
LIBERTY STATUE
Na América, om a estátua da Liberdade
In America, with the Liberty statue

BRANDE MURALHA DA CHINA
THE GREAT WALL OF CHINA

A grande muralha da China
The great wall of China

MACHU PICCHU


Em Machu Picchu - In Machu Picchu

ÓPERA DE SYDNEY
SYDNEY OPERA


Com a ópera de Sydney
With the Sydney opera

PIRÂMIDES DE GIZÉ
PYRAMIDES OF GIZA

Em Gizé, com as pirâmides
In Ghiza, with the pyramides

TAJ MAHAL

O Taj Mahal - The Taj Mahal



AS SETE NOVAS MARAVILHAS DO MUNDO
PRIMEIRA PARTE

O anúncio do resultado da votação das sete novas maravilhas do mundo é no dia 7 de Julho. É um anúncio feito sob o signo do número sete. Com efeito, as sete novas maravilhas do mundo são anunciadas em 7/7/2007. Estamos a escrever antes dessa data. O jornal em que será inserido este nosso artigo sobre as sete novas maravilhas do mundo é publicado no dia 5 de Julho, de maneira que pode acontecer que alguns leitores mais retardatários já tenham conhecimento do resultado da votação quando lerem o nosso artigo.
O anúncio do resultado da votação é feito em Portugal, no Estádio da Luz, e terá lugar no meio de um espectáculo com inúmeras vedetas internacionais de grande renome, tais como Jennifer Lopez, José Carreras, Joaquín Cortéz, Hillary Swank, Cristiano Ronaldo, etc., etc. Jennifer Lopez, a principal vedeta internacional convidada, também é considerada no site da Internet das sete novas maravilhas, embora a título não oficial, como uma das novas maravilhas do mundo.
E por enquanto ainda o é. Mas daqui a quarenta anos, se ainda andar neste mundo, será com certeza uma mulher idosa, com a pele toda engelhada ou então com a pele toda esticada por sucessivas operações plásticas. Ao contrário de Jennifer Lopez, as pirâmides de Gizé, passados cinco mil anos, ainda mantêm, na sua essência, toda a beleza original. A beleza humana é transitória. Os monumentos também são transitórios, mas duram mais. E até podem ter a longevidade das pirâmides.
Falando agora do concurso propriamente dito, o júri vai escolher sete entre as vinte novas maravilhas seleccionadas. Eram vinte e uma, mas agora são apenas vinte, pois o Egipto retirou as pirâmides de Gizé do concurso. É realmente uma pena que as pirâmides de Gizé já não façam parte do concurso, pois são a única das sete maravilhas do mundo antigo que sobreviveu à passagem dos séculos, aos cataclismos da natureza e à incúria e à selvajaria dos homens.
Nós estivemos em Gizé há pouco tempo e portanto podemos afirmar com conhecimento de causa que são realmente construções avassaladoras, esmagadoras, absolutamente espectaculares. Dadas as técnicas primitivas de construção que se usavam na altura, pensamos mesmo que as pirâmides de Gizé se podem considera uma das maiores obras de engenharia e de arquitectura de todos os tempos.
Mas não foi só o Egipto, com a retirada das pirâmides de Gizé, que causou problemas à organização do concurso. A UNESCO veio também pôr em dúvida a utilidade do concurso, emitindo um comunicado em que afirma que o concurso em nada vem beneficiar a conservação dos monumentos sob a sua protecção.
Pensamos que os responsáveis da UNESCO não estão a ser muito inteligentes quando dizem isto, pois o objectivo do concurso não é evidentemente a conservação dos monumentos. E não estão a ser muito inteligentes também, porque não vêem que a divulgação a nível mundial dos monumentos que o concurso possibilita contribui para um substancial aumento da procura turística desses monumentos e contribui consequentemente para um aumento das receitas desses monumentos.
E é evidente que esse aumento de receites vai contribuir indirectamente para uma melhor conservação dos monumentos. Não obstante todas estas dificuldades, a verdade é que o concurso está a constituir um enorme êxito, com milhões de votantes e com uma adesão significativa a nível mundial.
Depois destas considerações de ordem geral, vamos em seguida dizer aos nossos leitores qual a nossa votação. E desde já avisamos que a votação deve ser feita até ao dia 7 de Julho na Internet, no site das sete novas maravilhas do mundo. Até à altura em que escrevemos este artigo já votaram mais de sessenta milhões de pessoas. Um desses votos é o nosso e nós escolhemos os sete monumentos que referiremos em seguida, por ordem alfabética.
Esses sete monumentos são: Angkor, a Basílica de Santa Sofia, o Cristo Redentor do Corcovado, a Grande Muralha da China, Machu Picchu, o edifício da ópera de Sydney e o Taj Mahal. Desses monumentos, três situam-se no meio da natureza. São Angkor, a Grande Muralha da China e Machu Picchu. Os quatro restantes situam-se num contexto urbano.
Os três primeiros e o Cristo Redentor são os mais impressionantes. Os três restantes têm uma beleza mais contida, diferente. E é neste último grupo que se situa o mais belo de todos, que é, em nossa opinião, o Taj Mahal. Nós já estivemos em todos estes monumentos e temos muitas fotografias deles no nosso blogue na Internet.
Mas também já visitámos outros monumentos que não foram objecto da nossa escolha para as sete novas maravilhas do mundo, como é o caso do Coliseu de Roma e da Torre Eiffel. E hesitámos muito entre o Coliseu de Roma, a Torre Eiffel e o Cristo Redentor. Mas acabámos por optar pelo Cristo Redentor, devido ao facto deste monumento, aliás grandioso, se situar na cidade mais bela do mundo, o Rio de Janeiro.
No próximo número deste jornal, com o resultado do concurso já conhecido, falaremos detalhadamente dos monumentos por nós escolhidos e referiremos também os monumentos eleitos pelo júri.



AS SETE NOVAS MARAVILHAS

Em 2006 a fundação New 7 Wonders estabeleceu um projeto para escolher as novas sete maravilhas do mundo. Para isso, no dia 1 de janeiro deste ano deu início a um concurso para eleger as novas sete maravilhas, dentre vinte e uma pré-selecionadas. São elas (em ordem alfabética):


O concurso acaba em 6 de julho de 2007. O resultado será divulgado no dia 7 de julho do mesmo ano e metade dos fundos arrecadados no projeto serão destinados à restauração de patrimônios em risco ao redor do mundo.



SETE NAVAS MARAVILHAS DO MUNDO
SEGUNDA PARTE

Esta é a segunda parte do nosso artigo sobre as sete novas maravilhas do mundo. Na primeira parte deste artigo falámos da desistência do Egipto e de um comunicado da UNESCO sobre o concurso. E revelámos aos nossos leitores os monumentos que escolhemos na nossa votação para as sete novas maravilhas do mundo. Como prometemos na primeira parte do nosso artigo, iremos agora falar dos monumentos em que nós votámos para o concurso das sete novas maravilhas do mundo. E vamos começar por aqueles monumentos que se situam no meio da natureza. Como devem estar lembrados, esses monumentos são Angkor, Machu Picchu e a Grande Muralha da China.
Em relação a Angkor, o envolvimento do conjunto dos seus palácios e dos seus templos pela natureza é de tal maneira intenso que a natureza quase que devorou as fabulosas ruínas da antiga capital do Cambodja, submergindo as suas fabulosas construções.enlaçando-as e abraçando-as e submetendo-as ao seu inteiro domínio.
Tudo isto aconteceu porque a antiga capital do Cambodja foi invadida por alguns povos vizinhos há mais de cinco séculos, tendo sido nessa altura abandonada pelos seus habitantes e tendo a capital do Cambodja sido mudada para Pnon Pen, que fica trezentos quilómetros mais a sul. Uma situação semelhante aconteceu na vizinha Tailândia, com a mudança da capital, também devido a invasões, de Ayuthaia para Bangkok. Mas não se podem comparar as ruínas de Ayuthaia com as ruínas de Angkor. Angkor é sem dúvida um dos sítios mais belos do mundo.
Vamos agora falar de Machu Picchu, que é unanimemente considerada por toda a gente como o maior ícone da civilização inca. E até é verdade que Machu Picchu é um caso especial dentro do contexto inca, porque é a única cidade inca que não foi selvaticamente destruída pelos espanhóis. Isto deve-se à sua inacessibilidade, pois a cidade de Machu Picchu está de tal maneira escondida que só foi descoberta no início deste século por um explorador francês. E a verdade é que o comboio que nos conduziu de Cusco para Machu Picchu demorou quatro horas a percorrer os cento e vinte quilómetros que separam as duas cidades incas. È que naquele percurso andámos quase sempre a mais de três mil metros de altitude, em pleno altiplano andino. Nós também ficámos a gostar muito de Cusco, especialmente da sua Praça de Armas com a forma de uma puma, que é a forma tradicional das praças incas, Mas infelizmente os palácios e os templos incas foram destruídos pelos conquistadores espanhóis, que em seu lugar construíram igrejas cristãs, uma das quais, a Catedral de Cusco, é aliás um monumento muito belo.
Quanto à Grande Muralha da China, nós apenas conhecemos um pequeno troço, pois a Grande Muralha da China tem mais de cinco mil quilómetros de comprimento. O troço que visitámos fica a cerca de setenta quilómetros de Pequim. Mas o conhecimento dessa pequena parte da Grande Muralha da China foi suficiente para ficarmos com uma ideia da espectacular dimensão de tal obra, que é aliás o único monumento que se pode avistar do espaço.
Analisado o grupo em que incluímos Angkor, Machu Picchu e a Grande Muralha da China, vamos agora debruçar-nos sobre os quatro monumentos do outro grupo. Os monumentos deste grupo têm um carácter diferente, pois são monumentos inseridos em espaços urbanos e não na natureza, como acontecia com o outro grupo.
Para começar, vamos falar do Coliseu de Roma. Nós visitámos o Coliseu aquando do nosso city tour de Roma e ficámos espantados com a grandiosidade do monumento. É realmente um monumento espectacular. Lembra os modernos estádios, pois o seu anfiteatro tem capacidade para cinquenta mil espectadores. O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, distingue-se da maior parte dos anfiteatros romanos pelo seu volume e pelo seu relevo arquitectónico.
Em seguida vamos falar da Basílica de Santa Sofia. Tal como o Coliseu se situa no centro da cidade de Roma, também a Basílica de Santa Sofia se situa no centro de Istambul. A Basílica de Santa Sofia não é dedicada a nenhuma santa. Santa Sofia ou Hagia Sophia significa sagrada sabedoria. Quando estivemos em Istambul, visitámos esta basílica e ficámos admirados com a sua a sua espectacular dimensão, que a torna uma das maiores basílicas do mundo. Para sentir a basílica em toda a sua majestosa amplidão arquitectónica, detivemo-nos na entrada, logo a seguir ao nartex, e dirigimos o nosso olhar ao mirab, que se situa no extremo oposto da basílica. E depois mudámos a direcção do nosso olhar e olhámos par cima em direcção à altíssima cúpula da basílica. E também contemplámos longamente os seus famosos mosaicos, que são um dos maiores cumes da arte bizantina.
A Basílica de Santa Sofia foi construída entre 532 e 537 pelo Imperador Justiniano. Era a catedral ortodoxa de Constantinopla, hoje Istambul. Quando os turcos tomaram Constantinopla em 1453 transformaram a basílica numa mesquita. Hoje não é basílica nem mesquita, é um museu.
Os dois monumentos que restam são o edifício da ópera de Sydney e o Taj Mahal. A ópera de Sydney fica num dos lugares mais belos de Sydney, a Sydney Cove, e não pode evidentemente ser dissociada do porto, da enseada e da ponte que a envolvem.
Com o seu fabuloso tecto imitando as velas de um barco, o edifício da ópera de Sydney é um dos símbolos de Sydney e de toda a Austrália. A sua construção, projectada por Jon Utzon, começou em 1959 e terminou em 1973, depois do arquitecto ter abandonado o projecto. Com as suas mil divisões e com um auditório com capacidade para2690 pessoas, a ópera de Sydney que é un edifício realmente espectacular, colocou o continente australiano no mapa das maravilhas do mundo.
Quanto ao Taj Mahal, também o contexto em que está inserido importa muito. O delicado monumento é ladeado por duas pequenas mesquitas e insere-se num parque lindíssimo. E duplica a sua beleza, mirando-se no espelho de água situado á sua frente.
O visitante entra por um pórtico e vê ao longe o Taj Mahal. É uma sensação inolvidável. Apesar de ser um monumento divulgado em todo o mundo por múltiplas imagens, a sensação que temos in loco é a de estar a ver algo novo e algo que é demasiado belo para a dimensão humana do nosso olhar.
É um monumento absolutamente simétrico. As suas cúpulas, as suas semicúpulas e os seus minaretes estão regularmente dispostos. Mas apesar da sua simetria rigorosa, o Taj Mahal é um encanto, mais parece um poema do que um monumento. Com efeito, o Taj Mahal é um delicado poema com métrica e com rimas. Mas a poesia lírica clássica metrificada também pode ser grande poesia. É o caso do Taj Mahal.
Foi um imperador oriundo de Agra quem mandou construir este mausoléu, que é sem dúvida um dos mais belos monumentos que vimos em toda a nossa vida. A sua construção começou em 1631 e terminou em 1653. Esta preciosa jóia arquitectónica foi mandada edificar pelo imperador Shah Jahan, que tinha um império colossal, uma riqueza imensa e uma esposa muito amada, Mumtaz Mahal. Mas Mumtaz Mahal teve complicações e morreu depois do nascimento do seu décimo quarto filho.
Desolado e triste, Shah Jahan, a partir desse fatídico momento, só tinha uma missão: cumprir a promessa, feita à sua esposa, de construir um mausoléu, onde ela seria sepultada. E ele, aliás, também foi enterrado ao lado de Mumtaz Mahal. Esta história romântica, que aconteceu realmente, foi maravilhosa, pois dela resultou um fabuloso edifício todo em mármore e pedras preciosas, que é o grande ícone da Índia.
Este texto refere as maravilhas que foran oobjecto da nossa votação.
O leitor poe ver as sete novas maravilhas escolhidas na votação e Liboa no início deste post do nosso blogue.

6/05/2007

OS PROCESSOS DA CASA PIA E APITO DOURADO E FINAL



A JUSTIÇA PORTUGUESA
A JUSTIÇA PORTUGUESA
A JUSTIÇA PORTUGUESA
PORTUGUESE JUSTICE
PORTUGUESE JUSTICE
PORTUGUESE JUSTICE

Dra. Maria José Morgado
Procuradora especial


Dr. Pinto Monteiro
Procurador-geral da República


Dr. Souto Moura
Ex-procurador geral da República
O PROCESSO DA CASA PIA
O PROCESSO DA CASA POA
O PROCESSO DA CASA PIA
CASA PIA PROCESS
CASA PIA PROCESS
CASA PIA PROCESS



Dr. Manuel Abrantes
Ex-provedor da Casa Pia

Carlos Silvino (BIbi)


Carlos Cruz


Dr. Paulo Pedroso


Dr. Ferro Rodrigues


Dr. Hugo Marçal


Embaixador Dr. Jorge Ritto
O PROCESSO DO APITO DOURADO
O PROCESSO DO APITO DOURADO
O PROCESSO DO APITO DOURADO
THE PROCESS OF THE GOLDEN WHISTLE
THE PROCESS OF THE GOLDEN WHISTLE
THE PROCESS OF THE GOLGEN WHISTLE


Jacinto Paixão


Pinto de Sousa


Pinto da Costa


Carolina Salgado

Carolina Salgado e Pinto da Costa


Major Valentom Loureiro


Dr. João Loureiro


A JUSTIÇA PORTUGUESA E
OS PROCESSOS DA CASA PIA
E DO APITO DOURADO
(PRIMEIRA PARTE)

A justiça portuguesa é uma justiça que infelizmente nos envergonha. Mais parece a justiça de um país do terceiro mundo do que a justiça de um país integrado na União Europeia. É verdade que há alguns sinais de melhoria em relação a um passado próximo, em que a situação era ainda pior. Pelo menos nos julgamentos mais recentes a figura feminina que personifica a justiça parece ter posto pela primeira vez em Portugal uma venda nos olhos. Aparentemente, a justiça portuguesa já não olha a caras e já mete ma cadeia os membros da chamada alta sociedade.
Com efeito, os processos da Casa Pia e do Apito Dourado parecem querer mostrar que os ricos e os poderosos já não estão fora da alçada da justiça, como sempre tem acontecido em Portugal. O processo da Casa Pia foi mesmo o primeiro processo português a mostrar que a justiça penal não funciona somente em relação ao mundo criminal dos membros das classes desfavorecidas.
O primeiro caso que vamos abordar é o caso do julgamento dos arguidos do processo Casa Pia. É certo que tem havido neste processo um larguíssimo estendal de iniquidades jurídicas e processuais. Nós sabemos que algumas culpas cabem às leis, ao permitirem tais iniquidades jurídicas e processuais, mas nós sabemos também, por experiência própria, que os maiores culpados destas iniquidades jurídicas e processuais são os advogados.
Na verdade, os advogados portugueses são useiros e vezeiros em usar os inúmeros truques processuais permitidos pela lei, tais como adiamentos e outras manobras dilatórias. E daí a enorme quantidade de processos que se arrastam indefinidamente ou que acabam mesmo por prescrever. Por vontade de alguns advogados portugueses quase nenhum processo chegaria o fim.
Mas, a acrescentar a tudo isto, registava-se o facto de no nosso país os processos penais normalmente nunca incomodarem as pessoas ricas e poderosas. E isto aconteceu até há bem pouco tempo, portanto aconteceu inclusivamente já durante os anos que se seguiram ao 25 de Abril, em plena vigência do regime democrático em Portugal.
É certo que no tempo da ditadura salazarista ainda era pior, já que um processo semelhante ao processo da Casa Pia, o processo dos «ballets roses», acabou em águas de bacalhau, abafado pelo Ministro da Justiça da altura, o Professor Doutor Antunes Varela, sem dúvida uma pessoa com um grande prestígio político nas hostes salazaristas e incontestavelmente um excelente jurista.
Mas aconteceu simplesmente que os indivíduos implicados no processo dos «ballets roses» eram quadros do regime de nível intermédio e até do mais alto nível e em consequência disso não convinha nada ao ministro e ao governo que a nação ficasse a saber que esses eminentes personagens, todos bons patriotas e todos frequentadores da igreja, eram pedófilos e gostavam de usufruir delícias sexuais com crianças e com meninas de menor idade.
O processo da Casa Pia é por isso mesmo um caso exemplar, pois houve a coragem de constituir como arguidos gente importante do mundo da política, do mundo da diplomacia, do mundo da televisão e gente graúda da própria Casa Pia. É o caso do ministro e deputado do Partido Socialista Dr. Paulo Pedroso, que não chegou a ser acusado, mas que passou muito tempo em prisão preventiva. É também o caso do embaixador jubilado Dr. Jorge Ritto, é o caso ainda do apresentador de programas de televisão Carlos Cruz e é o caso finalmente do advogado Dr. Hugo Marçal.
Quanto ao principal acusado, o Carlos Silvino, mais conhecido por Bibi, era motorista na Casa Pia e era praticamente desconhecido na altura do início do processo da Casa Pia. Mas agora é o mais conhecido dos réus, pois é acusado de centenas de crimes de pedofilia, todos já devidamente confessados pelo Carlos Silvino. Mas além das inúmeras relações sexuais que teve com os rapazes da Casa Pia, o Bibi também angariava os meninos da Casa Pia para os encontros com os clientes pedófilos, também arranjava o sítio para os encontros amorosos e também transportava os garotos para os locais previamente combinados.
Devido ao enorme número de crimes e à grande quantidade de acusados, o processo está a arrastar-se há muito tempo, correndo assim o risco de se chegar à fase da sentença com a maior parte dos arguidos já mortos e enterrados. Mas os problemas do processo Casa Pia não se limitam à morosidade do processo.
O que é grave neste caso da Casa Pia é que o processo foi muito mal conduzido, com sérios atropelos aos direitos dos arguidos, que penaram na prisão até quase apodrecerem. E também foi politicamente muito mal orientado, pois a certa altura mais parecia estar a proceder-se ao julgamento do Partido Socialista do que ao julgamento dos arguidos propriamente ditos.
De qualquer maneira, o processo da Casa Pia há-de ficar para a história, pois é o primeiro processo em Portugal em que a justiça está a cortar a direito, doa a quem doer. No próximo número deste jornal, continuaremos a falar da justiça portuguesa e abordaremos com o devido detalhe o processo do Apito Dourado e o mundo tenebroso do futebol.


A JUSTIÇA PORTUGUESA E
OS PROCESSOS DA CASA PIA
E DO APITO DOURADO
(SEGUNDA PARTE)

Na primeira parte do nosso artigo falámos sobre a justiça portuguesa em geral e falámos também do processo da Casa Pia. E dissemos que o processo da Casa Pia há-de ficar para a história, pois é o primeiro processo em Portugal em que a justiça está a cortar a direito, doa a quem doer. O anterior Procurador-geral da República, o Dr. Souto Moura, uma figura tão polémica e tão contestada, teve com certeza muito mérito em toda esta revolução na nossa justiça que está a constituir o processo da Casa Pia.
Hoje iremos falar principalmente do processo do Apito Dourado. E desde já convém salientar que este processo teve no início um percurso algo titubeante e mesmo ziguezagueante. E a razão disto tudo está no facto de o processo do Apito Dourado ter lugar em Portugal, pois se uma situação semelhante a esta tivesse acontecido em Itália ou em França já há muito que teria chegado o fim, com os principais acusados na prisão e os clubes beneficiados com os crimes de corrupção despromovidos e despojados dos campeonatos indevidamente ganhos.
Foi o que aconteceu com o Milão e com a Juventus em Itália, o primeiro penalizado com pontos negativos e a segunda despojada do campeonato que tinha ganho e condenada a descer para a divisão imediatamente inferior. E foi o que aconteceu igualmente em França ao Marselha, com Bernard Tapie na presidência do clube.
Com efeito, as vitórias do Marselha para o campeonato francês da Primeira Liga de futebol profissional foram obtidas através de vários esquemas de corrupção a diversos agentes desportivos e não através do esforço e do talento dos seus jogadores nos campos de jogos. Com os resultados dos jogos assim falsificados, o Marselha foi beneficiado em relação aos outros clubes.
Como era de toda a justiça, o Marselha foi despojado do seu título de vencedor do campeonato francês da primeira liga. Mas a punição não ficou por aqui, pois a UEFA despojou igualmente o Marselha do título de campeão europeu. E o presidente do Marselha, Bernard Tapie, foi julgado e condenado. Convém sublinhar que Tapie foi ministro de um governo presidido pelo Presidente da República francesa François Mitterand e foi um alto dirigente do Partido Socialista francês. Como se vê, Tapie era um homem politicamente muito importante. E era também um dos homens mais ricos da Europa.
Mas Portugal não é a França nem a Itália e nem sequer é um país medianamente credível no que se refere ao funcionamento da justiça. E assim, quando o processo do Apito Dourado estava a dar os primeiros passos, houve logo uma tentativa de o abafar, devido ao facto da maior parte das pessoas envolvidas no processo, tais como o Major Valentim Loureiro, o Dr. João Loureiro e o Dr. Pinto de Sousa, serem militantes ou serem pessoas próximas do Partido Social Democrata, que nessa altura estava no poder.
Evidentemente que não convinha ao PSD que figuras importantes do Partido Social-democrata fossem acusadas e julgadas num processo de corrupção. E daí que o governo presidido pelo Dr. Durão Barroso tenha tentado abafar o processo do Apito Dourado e tenha tentado desviar todas as atenções para o processo da Casa Pia.
E daí também que o governo do Dr. Durão Barroso tenha feito todas as pressões possíveis e imaginárias para implicar no processo da Casa Pia altas figuras do Partido Socialista, como eram na altura o Dr. Ferro Rodrigues e o Dr. Paulo Pedroso, a fim de os matar politicamente e de matar politicamente o próprio Partido Socialista.
E a verdade é que em relação a essas figuras atingiu plenamente os seus objectivos, pois essas figuras, que não chegaram a ser acusadas, ficaram politicamente muito chamuscadas, tendo sido afastadas dos cargos de maior importância e tendo perdido toda a relevância política Já o mesmo se não pode dizer em relação ao Partido Socialista, que nem sequer chegou a ser momentaneamente abalado.
Com efeito, era muito difícil matar um partido como o Partido Socialista, que é um partido de massas, com milhares de militantes, com óptimos dirigentes e com estreitas ligações internacionais aos fortíssimos partidos que fazem parte da Internacional Socialista. E a verdade é que o Partido Socialista se recompôs rapidamente e passados uns meses ganhou as eleições legislativas com maioria absoluta.
Claro que as circunstâncias também ajudaram. Deu-se por um lado a saída do Dr. Durão Barroso para o cargo de presidente da comissão da União Europeia e deu-se por outro lado o facto do governo que sucedeu ao governo do Dr. Durão Barroso, o governo do Dr. Santana Lopes, ser um governo anedótico.
Embora o facto do presidente da comissão da União Europeia ser um português seja muito honroso para Portugal, a verdade é que o Dr. Durão Barroso não honrou os seus compromissos para com os portugueses que o elegeram. E os portugueses não lhe perdoaram, com óbvias consequências para o processo do Apito Dourado, que renasceu das cinzas. No próximo número deste jornal, narraremos aos nossos leitores a história dos altos e baixos do processo do Apito Dourado.
A JUSTIÇA PORTUGUESA E
OS PROCESSOS DA CASA PIA
E DO APITO DOURADO
(TERCEIRA PARTE)

No número anterior deste jornal, falámos dos processos de corrupção desportiva no mundo do futebol que tiveram lugar em França e em Itália, com a condenação tanto quanto possível rápida de todas as pessoas envolvidas. E falámos também da tentativa de abafamento do processo de corrupção desportiva português, o processo do Apito Dourado, por parte do governo do Dr. Durão Barroso.
E descrevemos a mudança das circunstâncias políticas que entretanto teve lugar, com a saída do Dr. Durão Barroso do governo da nação, com a nomeação do Dr. Santana Lopes como primeiro-ministro, com o rápido afastamento do Dr. Santana Lopes da chefia do governo e com a posterior vitória do Partido Socialista nas últimas eleições legislativas.
E demonstrámos que foi a modificação das circunstâncias políticas que teve o condão de fazer renascer o processo do Apito Dourado. Com efeito, o processo do Apito Dourado esteve quase morto, pois o objectivo do governo social-democrata presidido pelo Dr. Durão Barroso era abafar o processo. E daí que o primeiro-ministro, Dr. Durão Barroso, tenha nomeado um homem da sua confiança, o Dr. Adelino Salvado, para o cargo de director-geral da Polícia Judiciária.
O Dr. Adelino Salvado não perdeu tempo e tratou logo de afastar a Dra. Maria José Morgado do processo do Apito Dourado. E fez ainda algumas substituições cirúrgicas na delegação do Porto da Polícia Judiciária, a fim de abafar o processo logo à partida. Aconteceu, no entanto, que o Dr. Durão Barroso deixou o cargo de primeiro-ministro para ir presidir à Comissão da União Europeia.
Esta fuga do Dr. Durão Barroso teve obviamente consequências para os processos da Casa Pia e do Apito Dourado. E teve também como consequência uma certa fragilização do o Partido Social-democrata. E essa fragilização do Partido Social-Democrata acentuou-se com o polémico, anedótico e infeliz governo do D. Santana Lopes, que enfraqueceu ainda mais o PSD.
E como na política, tal como na vida, funciona a lei das compensações, ao crescente definhamento do PSD correspondeu um crescente fortalecimento do PS. E deu-se ainda a circunstância de o Eng. José Sócrates ter sido eleito secretário-geral Partido Socialista. Ora o Eng. José Sócrates tinha sido um grande ministro e era um político de grande carisma e com grande prestígio. E foi assim que o Partido Socialista, com um líder forte e determinado e com a ajuda da fraqueza dos outros partidos, renasceu das cinzas, ganhou as eleições legislativas com maioria absoluta e passou a ter as rédeas do poder.
E coincidindo com o fortalecimento do Partido Socialista, o processo da Casa Pia deixou de incomodar o Dr. Paulo Pedroso e por arrastamento deixou de incomodar também o Dr. Ferro Rodrigues. Estes dois prestigiados políticos da nossa praça tinham sido denunciados por algumas das vítimas do processo da Casa Pia como possíveis pedófilos. O Dr. Paulo Pedroso estava preso preventivamente e foi libertado sem quaisquer condições e sem qualquer medida coerciva.
E o Dr. Ferro Rodrigues, que, ao contrário do seu amigo Paulo Pedroso, nunca chegou a ser preso, começou gradualmente a ser esquecido e deixou gradualmente de ser associado ao processo da Casa Pia. Claro que para esse apagamento do Dr. Ferro Rodrigues do processo da Casa Pia contribuiu decisivamente a sua perda de relevância como político e a sua nomeação para um cargo de embaixador decorativo no estrangeiro.
Simples coincidência ou não, a verdade é que aconteceu que essas importantes eminências do PS só se tivessem livrado de incómodos com a subida do Partido Socialista ao poder. E também aconteceu que com o Partido Socialista na mó de cima o processo do Apito Dourado ganhou novo fôlego.
Mas antes ainda da ascensão do Partido Socialista ao poder, com os sociais-democratas no governo, aconteceu igualmente que o Dr. Adelino Salvado se meteu em tais trapalhadas que foi rapidamente demitido do cargo de director-geral da Polícia Judiciária pelo Dr. Santana Lopes. O Dr. Santana Lopes foi um primeiro-ministro medíocre e ziguezagueante, mas neste caso mostrou uma coragem e uma isenção exemplares.
Parece, portanto, que os piores tempos do processo do Apito Dourado já passaram. E agora, com um Procurador-geral da República com a envergadura do Dr. Pinto Monteiro e com a Dra. Maria José Morgado como procuradora especial para o processo, podemos dizer que o processo do Apito Dourado tem pernas para andar.
Com efeito, a nomeação da Dra. Maria José Morgado é uma garantia muito importante de que se vai enfim fazer justiça no mundo nebuloso do futebol. Esperemos que o processo do Apito Dourado e o processo da Casa Pia cheguem rapidamente ao fim, pois são processos muito mediáticos, com efectivo impacto em Portugal e no estrangeiro. É que a justiça é um factor determinante no que concerne à estabilidade social. E é um pilar fundamental da democracia.
CORRUPÇÃO
NO FUTEBOL PORTUGUÊS
APITO DOURADO E APITO FINAL
Escrevemos vários artigos neste blogue sobre a corrupção no futebol português. E falámos dos títulos conquistados em anos sucessivos sempre pela mesma equipa, o Futebol Clube do Porto, das vitórias forjadas fora dos relvados e dos protagonistas destas habilidades criminosas perpetradas nos negros bastidores do futebol português. Essas pessoas foram denunciadas em devido tempo pelo então presidente do Sporting, Dr. Dias da Cunha. Com efeito, o Dr. Dias da Cunha teve a coragem de dizer que os chefes máximos dessa máfia futebolística portuguesa eram Pinto da Costa e o Major Valentim Loureiro. Este até conseguiu um título da 1ª liga para o Boavista, numa altura em que já não era presidente deste clube. No ano em que o Boavista foi campeão nacional o presidente do clube axadrezado era o filho do major, o Dr. João Loureiro. Mas ao fim e ao cabo era como se o pai fosse ainda presidente, a situação era idêntica, o filho era igual ao pai. Curiosamente, o Major Valentim Loureiro até foi condenado recentemente no foro criminal a três anos prisão, embora com a pena suspensa. Esta sentença seria suficiente, caso transitasse em julgado, para impedir que o Major Valentim Loureiro continuasse à frente da Câmara de Gondomar. No entanto, este não é talvez o cenário mais previsível, pois há recursos e recursos e a justiça em Portugal é muito lenta. O mais natural é que o Major Valentim Loureiro até se possa candidatar a outro mandato como presidente da Câmara de Gondomar.No que concerne ao outro chefe máximo da máfia futebolística portuguesa, o presidente do Futebol Clube do Porto, Pinto da Costa, também foi recentemente condenado a dois anos de suspensão de toda a actividade desportiva. Mas Pinto da Costa foi julgado e condenado no foro desportivo, pois os processos que contra ele correm no foro criminal ainda não foram julgados. Quem tomou a decisão de condenar o presidente do Porto foi o Conselho de Justiçada Federação Portuguesa de Futebol, que assim confirmou a sentença do Conselho de Disciplina da Liga. A decisão foi controversa, pois o presidente do Conselho de Justiça, o Dr. António Gonçalves Pereira, deu a reunião por terminada antes do tempo, quando se apercebeu que a votação não seria favorável ao Boavista e a Pinto da Costa. Mas a reunião continuou sem ele e sem o vice-presidente, o Dr. Elísio da Costa Amorim, que se solidarizou com o presidente. E os cinco membros restantes votaram por unanimidade a suspensão por dois anos de Pinto da Costa e a descida de divisão do Boavista. A decisão condenatória foi aceite pela direcção da Federação Portuguesa de Futebol, que para o efeito pediu um parecer ao insigne mestre de Direito Administrativo, Professor Freitas do Amaral, que considerou não ter havido qualquer irregularidade de ordem processual na decisão tomada.A sentença do Conselho de Justiça foi imediatamente executada, não obstante o ex-presidente desse órgão, Dr. António Gonçalves Pereira, e o Boavista terem instaurado providências cautelares nos tribunais administrativos. É que a Federação Portuguesa de Futebol invocou interesse público na imediata execução da sentença, dada a proximidade da data do início das ligas profissionais.Feito o julgamento no foro desportivo, resta agora aguardar pelos julgamentos no foro criminal. Mas este julgamento no foro desportivo é uma vitória enorme para a justiça portuguesa, pois mostra que em Portugal já não há, como havia antigamente, figuras e instituições intocáveis.Para que fosse possível condenar um homem poderoso como Pinto da Costa, há que destacar a intervenção de várias pessoas e em primeiro lugar a intervenção de duas mulheres, Maria José Morgado e Carolina Salgado, que tiveram a coragem de enfrentar o indivíduo que mandava no futebol português, na Câmara Municipal do Porto e que tinha também uma grande influência nos meios políticos a nível nacional. E que além do mais parece ser um indivíduo extremamente perigoso, como o prova a agressão a Ricardo Bexiga, ex-vereador do Partido Socialista na Câmara de Gondomar. Pinto da Costa teria sido o autor moral, juntamente com Carolina Salgado, da bárbara agressão a Ricardo Bexiga. O autor material de tal agressão teria sido o sinistro Fernando Madureira, um indivíduo com passado criminal que é líder da claque dos Super Dragões. Quanto a Carolina Salgado, disse como tudo se tinha passado, confessou a sua participação no crime e pediu o estatuto de arrependida. Mas o processo de Ricardo Bexiga, onde parece ter havido negligência na investigação, acabou em águas de bacalhau por falta de provas. E os autores morais e os autores materiais de tão hediondo crime ficaram impunes. Mas a pertinácia de Maria José Morgado e de Carolina Salgado há-de dar os seus frutos. Para já, Pinto da Costa e o Futebol Clube do Porto foram condenados no foro desportivo pelo crime de tentativa de corrupção. Aguardemos agora o desenrolar dos processos em que o presidente portista é acusado pelo mesmo crime de tentativa de corrupção nos tribunais criminais.Além de Maria José Morgado e de Carolina Salgado, houve outras pessoas que tiveram uma importância enorme no combate ao imenso poder de Pinto da Costa.Há que referir em primeiro lugar a acção do actual presidente da Câmara do Porto, o Dr. Rui Rio, um autarca modelo, que é sem dúvida o melhor presidente da Câmara do país. O Dr. Rui Rio acabou com o comprometedor casamento que havia entre o município e o clube. Com efeito, os anteriores presidentes da Câmara da capital do norte, Fernando Gomes e Nuno Cardoso, eram meros vassalos do presidente portista, o que se traduzia num escandaloso favorecimento ao principal clube da cidade, que culminou com a construção, em condições moralmente chocantes para a Câmara do Porto, do Estádio do Dragão. Rui Rio herdou essa situação e teve de pactuar com a negociata entre os anteriores presidentes da Câmara, o Futebol Clube do Porto e o grupo de Américo Amorim. Mas numa primeira fase tentou defender os interesses do município e do comércio tradicional e foi ameaçado de morte. E até teve de sair temporariamente da cidade do Porto. Claro que os super dragões não dormem e Pinto da Costa também não. E as ameaças e a violência são argumentos muito utilizados pelos super dragões e por Pinto da Costa. Mas felizmente que o poder desta gente perigosa e criminosa está a chegar ao fim. Outra pessoa igualmente importante no combate ao imenso poder de Pinto da Costa foi Luís Filipe Scolari, que também teve a sua parte decisiva neste combate, pois acabou com a nefasta influência de Pinto da Costa na selecção nacional.O homem mandava em tudo e agora já não manda em quase nada. E ainda bem, pois homens como Pinto da Costa são nefastos ao futebol português, à cidade do Porto e ao país.Mas apesar disto tudo Pinto da Costa ainda conseguiu assegurar a presença do Futebol Clube do Porto na próxima edição da liga dos campeões, mercê de uma subtileza jurídica que teve a ver com a inexistência de caso julgado na condenação do Porto no foro desportivo português, devido ao recurso de Pinto da Costa para o Conselho de Justiça. Mas isto é apenas uma subtileza jurídica, pois a questão de facto há muito que está esclarecida pelas escutas telefónicas, que comprovam que Pinto da Costa e certos árbitros combinaram alguns resultados.Nesta conformidade, o próprio presidente da UEFA, Michel Platini, já lamentou que o Futebol Clube do Porto tivesse conseguido entrar na próxima edição da liga dos campeões. Mas a verdade é que o Porto vai entrar na próxima edição da liga dos campeões e só foi penalizado a nível nacional com a perda de seis pontos. Esta é uma pena ridícula, mas é actualmente a pena correspondente ao crime de tentativa de corrupção. No entanto, tudo isto vai mudar e já existem propostas no sentido de punir com a pena de descida de divisão o crime de tentativa de corrupção e de punir com o afastamento das ligas profissionais os clubes condenados pelo crime de corrupção. E já agora convém esclarecer que em relação aos árbitros culpados de corrupção passiva nos termos do actual enquadramento legal a pena é a mesma quer se trate de crime consumado quer se trate de mera tentativa.Quanto ao Boavista, o clube axadrezado foi considerado culpado pelo crime de corrupção e foi condenado, nos moldes da legislação actual, à pena de descida de divisão. O seu presidente na época dos factos criminosos, o Dr. João Loureiro, foi condenado a oito anos e suspensão.Com estas decisões, a Federação Portuguesa de Futebol teve a coragem de condenar alguns dos principais mafiosos do futebol português. E nós concordamos inteiramente com estas decisões, pois dirigentes como os dirigentes condenado devem ser banidos o futebol português. O futebol português deve afastar as ovelhas ranhosas e manter no seu seio apenas as pessoas de bem. A Europa exige e Portugal também.

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