Em Montevideo, na Praça da Independência
In Montevido, in the Independence Square
Na Praça da Independência
In the Independence Square
Na Praça da Independência,
com a velha muralha espanhola
In the Independence Square,
with the old spanish wall
A Praça da Independência e o Palçácio Salvo
The Independence Square and the Salvo Palace
Na Praça da Independência
In the Independence Square
Em Montevideo, com o Parlamento do Uruguai
In Montevideo, with the Uruguai Parliament
BRASIL
RIO DE JANEIRO
No Brasil, no Rio, e
m Copacabana
In Brasil, in Rio, in Copacabana
Em Copacabana- In Copacabana
Na Baía de Guanabara
In the Guanabara Bay
Em Niterói, no Museu de Arte Contemporânea
In Niterói, in the Museum of Contemporary Art
No Museu de Arte Contemporânea, de Niemeyer
In the Museu of Contemporary Art, from Niemeyer
No Museu de Arte Contemporânea
In the Museu of Contemporary Art
UMA VISITA MARAVILHOSAÀS CIDADES INCAS E A OUTRAS
BELAS CIDADES DA AMÉRICA DO SUL
Já há muito tempo que sonhava visitar as principais cidades da América do Sul hispânica, incluindo as cidades da cordilheira andina e os lugares sagrados dos incas. O império inca incluía o Equador, o Peru, a Bolívia, o noroeste da Argentina e o norte do Chile. E as suas cidades situavam-se sempre a grande altitude, pois nesses espaços com mais de três mil metros acima do nível do mar os incas sentiam-se mais perto dos seus deuses do espaço etéreo superior, o Sol, a Lua e o Deus supremo criador, Viracocha.
Visitei as cidades e os lugares mais importantes deste enorme império. E comecei por Quito, a capital do Equador, que se situa a cerca de três mil metros de altitude e cuja parte antiga desce em cascata desde o morro mais alto, o Panecillo (pequeno pão), donde a Virgem das asas de Quito olha com amor a sua cidade. E percorri toda a cidade antiga, património mundial da UNESCO, com a jovem Daniela, uma simpática guia, e ainda fui com ela à linha do equador (la mitad del mundo), onde no dia do solstício do Inverno, em Junho, uma estaca ao meio dia não faz qualquer sombra.
A seguir visitei Cusco e Machu Picchu, no Peru, ambas cidades património da UNESCO. Machu Picchu é muito importante, pois é uma cidade inca quase totalmente preservada, já que beneficiou da circunstância de ser quase inacessível e por isso escapou ao fanatismo religioso e à fúria destruidora dos conquistadores espanhóis.
Com efeito, ainda hoje é muito difícil chegar a Machu Picchu. É preciso primeiro apanhar um comboio em Cusco, que percorre os cento e vinte quilómetros que separam Cusco de Machu Picchu em quase quatro horas, serpenteando lentamente entre as montanhas dos Andes.
E chegados à estação de Aguas Calientes, é necessário primeiro subir num autocarro até próximo de Machu Picchu e depois seguir a pé por caminhos pedregosos, que lembram as antigas estradas romanas. Mas vale a pena o esforço, pois Machu Picchu é um dos lugares mais belos do mundo.
Quanto a Cusco, palavra quíchua (língua inca) que significa o umbigo do mundo, é uma cidade perfeita que os invasores espanhóis descaracterizaram um pouco, sem no entanto a desfigurarem totalmente. Foi a capital incontestável do imenso império inca e ainda hoje é a mais genuína cidade inca da América do Sul andina.
Então a sua Praça de Armas, com a característica forma de um puma, é a melhor prova do génio urbanístico da civilização inca. Os invasores espanhóis, comandados por Francisco Pizarro, destruíram os templos incas que lá encontraram e em seu lugar construíram quatro igrejas cristãs, entre as quais a catedral de Cusco. E ainda houve o episódio trágico e caricato da condenação à morte do último imperador inca, Atahualpa, por se ter recusado a converter-se ao cristianismo.
E tudo isto aconteceu depois do imperador inca ter oferecido uma quantidade enorme de ouro e de prata aos espanhóis em troca da sua vida e da sua liberdade. Os espanhóis ficaram com o ouro e com a prata, mas mantiveram a condenação de Atahualpa à morte e ainda o obrigaram a baptizar-se, para lhe darem uma morte por enforcamento, menos infamante do que a morte pela fogueira a que o tinham primeiramente condenado.
Felizmente que os pintores incas que intervieram na decoração da catedral de Cusco se vingaram, pintando a Virgem Maria com as formas da Pacha Mama, deusa inca da terra e da fertilidade, e pintando Judas com as feições do sanguinário conquistador espanhol Francisco Pizarro. E é claro que o maior valor da cultura e da religião inca acabaram por vir ao de cima. E é por isso mesmo que hoje a Praça de Armas de Cusco, não obstante as suas quatro igrejas, é bela por ser uma praça inca e não por ser uma praça cristã.
Para terminar o meu périplo pelos lugares sagrados dos incas, visitei a cidade de La Paz e o Lago Titicaca, na Bolívia, ambos com uma altitude de mais de quatro mil metros. Andei mais de trezentos quilómetros por montanhas cheias de neve e passeei no meio de homens e mulheres, índios e índias aymara, em Copacabana e na Ilha do Sol.
Das restantes cidades que visitei, Caracas (Venezuela), Santiago e Valparaíso (Chile), Buenos Aires (Argentina), Montevideo (Uruguai) e Rio de Janeiro (Brasil), a maior surpresa foi sem dúvida a cidade de Buenos Aires, que é uma cidade realmente maravilhosa, com o seu monumental Rio de la Plata, o rio mais largo do mundo (100 quilómetros), com a sua espectacular Avenida 9 de Julho, a avenida mais larga do mundo (140 metros), e com a sua belíssima Praça de Maio, onde se situa a Casa Rosada, residência oficial do Presidente da República. E ainda assisti a um inolvidável show de tango, no Teatro Carlos Gardel.
Valparaíso, cidade chilena património da UNESCO, que visitei antes de Buenos Aires, também é uma cidade lindíssima, com os seus quarenta e cinco morros a descerem até ao porto. Quanto à última cidade que visitei, o Rio de Janeiro, já lá tínha estado há três anos e portanto já sabia que o Rio é a cidade mais bela do mundo. Desta vez limitei-me a relaxar nas alvas areias da praia de Copacabana e apenas fiz um tour até Niterói, que era o único sítio do Rio de Janeiro que ainda não conhecia. E assim terminou em beleza esta fabulosa viagem por quase todos os países da América do Sul.
HERÓIS, DEUSES E OUTRAS CURIOSIDADES
HERÓIS NACIONAIS
VENEZUELA - SIMON BOLIVAR
EQUADOR - ANTÓNIO JOSÉ DE SUCRE
URUGUAI - JOSÉ ARTIGASDEUSES INCAS
VIRACOCHA – DEUS SUPREMO
DEUS SOLDEUS DO ARCO-ÍRIS
PACHAMAMA MÃE TERRA
CULTURA INCA
ATAHUALPA – ÚLTIMO IMPERADOR INCA
CUZCO – UMBIGO DO MUNDO
TRAJE DAS MULHERES INCAS
NATIVE WOMEN WEARING
CHAPÉU DE FELTRO
(SEMICIRCULAR FELTHAT)
PONCHO (XAILE)
SAIA RODADA (WIDE SKIRT)
CIDADE DE COPACABANA
(LAGO TITICACA - BOLÍVIA)
Copacabana é a principal cidade do do Lago Titicaca na Bolívia, de onde partem os barcos que fazem a visita à Ilha do Sol, uma ilha sagrada dos incas. Está localizada há 3.841 metros acima do nível do mar e a 155 Km, de La Paz. Faz fronteira com o Peru. O nome deriva da expressão kota kahuana do dialeto aymara, que significa "vista do lago".
Em Copacabana está a igreja de Nossa Senhora de Copacabana, onde se encontra uma das imagens mais adoradas da Virgem Maria.
No século XIX uma réplica da imagem da Virgem Maria foi levada para o Rio de Janeiro, no Brasil, onde foi criada uma pequena igreja para a Nossa Senhora de Copacabana, construída por comerciantes espanhóis. O nome da igreja de Nossa Senhora de Copacabana foi-se difundindo e acabou por dar o nome à Rua Nossa Senhora de Copacabana e ao bairro de Copacabana.
ITINERÁRIO
ABRIL DE 2006
AGÊNCIA ABREU