UM SEGUNDO CRUZEIRO MARAVILHOSO NAS CARAÍBAS
O cruzeiro nas Caraíbas de que vos vou falar neste artigo foi uma segunda escolha, pois a minha ideia inicial era fazer um cruzeiro à Terra Santa. A minha agência de viagens, a Berrelhas Turismo, de Viseu, insistiu, porém, comigo para que fizesse um segundo cruzeiro nas Caraíbas, com um itinerário diferente do primeiro. A zona das Caraíbas tem uma quantidade enorme de ilhas, havendo portanto a possibilidade de optar por vários trajectos diferentes. E foi isso que fiz neste meu segundo cruzeiro, em que apenas repeti a ilha de Santa Lúcia. Voei de Madrid para Santo Domingo, na República Dominicana, num Boing 747 da Pullmantur. O navio do cruzeiro saiu do porto de Santo Domingo no dia 21 de Novembro de 2009 e manteve-se durante um dia e meio em navegação no alto mar. Isso foi óptimo, pois assim tive tempo para conhecer o navio e para estabelecer relações de amizade com os restantes passageiros. Contrariamente ao que aconteceu nos cruzeiros anteriores, o dia do comandante e o dia da festa tropical tiveram lugar nos dois primeiros dias de navegação. Foram dois dias muito animados, especialmente o dia da festa tropical, em que estive na discoteca do navio até à 1 e 30 da madrugada. E já agora convém referir que quando viajo num ruzeiro normalmente deito-me cedo, à volta da meia-noite.
O navio do cruzeiro foi o Pacific Dream, um navio de grande tonelagem, com capacidade para 1828 passageiros. Mas o número de passageiros que fizeram este cruzeiro foi apenas de 670, não chegando portanto sequer a metade da capacidade do navio. A razão deste diminuto número de passageiros neste cruzeiro deve-se com certeza à época turística baixa e à crise económica mundial. O número de passageiros portugueses também foi diminuto, pois apenas viajaram 12 portugueses.
Mas apesar de todas estas circunstâncias, o cruzeiro foi maravilhoso. O tempo esteve sempre óptimo, com um sol esplendoroso e com muito calor. E as ilhas que visitei são todas paradisíacas. A primeira ilha onde atracámos foi Santa Lúcia, uma antiga colónia britânica. Visitei a ilha na companhia de três casais que tinha conhecido no navio. Subimos a uma montanha muito alta, a Montanha da Fortuna, e depois fomos para a Reduit Beach, a melhor praia de Santa Lúcia. A ilha que visitámos a seguir foi a Martinica. Estranhamente ou talvez não, a Martinica continua a ser uma colónia francesa. Portugal foi odiado e atacado durante muitos anos por ter colónias e hoje aliás já não tem nenhuma. Mas a França tem três colónias nesta zona do mundo e ainda tem a Guiana francesa na América do Sul, a Ilha da Reunião no Oceano Índico e a Nova Caledónia e a Polinésia francesa no Pacífico. Na Martinica encontrei oito venezuelanas à saída do navio, no porto de Fort-de-France, e fui com elas para uma praia fabulosa, a praia de Salinas. Trata-se de uma praia selvagem, rodeada de palmeiras e coqueiros. A praia é enorme, tendo mais de cinco quilómetros de extensão. Passei um dia maravilhoso com as oito venezuelanas que me acompanharam, oito venezuelanas muito belas e muito simpáticas. E estabeleci uma relação de grande cumplicidade com uma delas, a Vanessa, uma venezuelana de origem portuguesa, pois os pais dela nasceram em Aveiro. E ainda por cima a Vanessa falava a língua de Camões e era sem dúvida a mais bela de todas. A ilha que se seguiu foi Guadalupe, outra colónia francesa. Nesta ilha limitei-me a visitar a capital, Point-à-Pitre, uma cidade interessante, mas um pouco degradada.
Gostei muito mais da ilha de Saint Maarten, que alberga uma antiga colónia holandesa e que tem também uma parte francesa. Informaram-me que a parte francesa é muito interessante e que até tem uma praia de nudismo. Mas eu apenas visitei a cidade de Philipsburg, que fica na parte holandesa e que tem uma linda praia urbana cheia de gente bonita, mesmo no centro da cidade. A última ilha que visitei foi Tortola, uma antiga colónia britânica. Em Tortola servi de guia a um grupo asturiano que não sabia falar inglês. O guia local dava informações em inglês e eu traduzia para a língua espanhola. Em Tortola visitei a capital, Road Town, subi a uma montanha muito alta com cerca de três mil metros de altitude e ainda passei uma hora numa das praias da ilha. Depois foi o regresso a Santo Domingo, na República Dominicana. E assim terminava em beleza o meu segundo cruzeiro nas Caraíbas.
VIAGEM AÉRIA: MADRID-SANTO DOMINGO
DATA DA VIAGEM: NOVEMBRO DE 2009
DISTÂNCIA ENTRE MADRID E SANTO DOMINGO - 6000 QUILÓMETROS
Itinerário do Cruzeiro Estrela das Caraíbas
Embarque em Santo Domingo Embarque 20,00 Dom Navegação no alto Mar 2ªF Santa Lucía 09,00 20,00 3ªF Martinica 08,00 18,00 4ªF Guadalupe 08,00 18,00 5ªF Saint Marteen 08,00 18,00 6ªF Tortola 08,00 14,00 Sáb Santo Domingo 10,00 Fim do cruzeiro.
Navio do cruzeiro: Pacific Dream
Ano de lançamento: 1990
(renovado em 2009)
Capacidade 1.828 passageiros
Tonelagem: 46.811 Toneladas
Bandeira Malta
Comprimento: 208 metros
Largura: 29 metros
Velocidade máxima: 21,4 nós
9 convés de passageiros
Total cabinas: 721
Tripulação: 620 tripulantes
Total de passageiros no cruzeiro: 670
Passageiros portugueses:12
PREÇO: 1200 EUROS