O Taj Mahal - The Taj Mahal AS SETE NOVAS MARAVILHAS DO MUNDO
PRIMEIRA PARTE
O anúncio do resultado da votação das sete novas maravilhas do mundo é no dia 7 de Julho. É um anúncio feito sob o signo do número sete. Com efeito, as sete novas maravilhas do mundo são anunciadas em 7/7/2007. Estamos a escrever antes dessa data. O jornal em que será inserido este nosso artigo sobre as sete novas maravilhas do mundo é publicado no dia 5 de Julho, de maneira que pode acontecer que alguns leitores mais retardatários já tenham conhecimento do resultado da votação quando lerem o nosso artigo.
O anúncio do resultado da votação é feito em Portugal, no Estádio da Luz, e terá lugar no meio de um espectáculo com inúmeras vedetas internacionais de grande renome, tais como Jennifer Lopez, José Carreras, Joaquín Cortéz, Hillary Swank, Cristiano Ronaldo, etc., etc. Jennifer Lopez, a principal vedeta internacional convidada, também é considerada no site da Internet das sete novas maravilhas, embora a título não oficial, como uma das novas maravilhas do mundo.
E por enquanto ainda o é. Mas daqui a quarenta anos, se ainda andar neste mundo, será com certeza uma mulher idosa, com a pele toda engelhada ou então com a pele toda esticada por sucessivas operações plásticas. Ao contrário de Jennifer Lopez, as pirâmides de Gizé, passados cinco mil anos, ainda mantêm, na sua essência, toda a beleza original. A beleza humana é transitória. Os monumentos também são transitórios, mas duram mais. E até podem ter a longevidade das pirâmides.
Falando agora do concurso propriamente dito, o júri vai escolher sete entre as vinte novas maravilhas seleccionadas. Eram vinte e uma, mas agora são apenas vinte, pois o Egipto retirou as pirâmides de Gizé do concurso. É realmente uma pena que as pirâmides de Gizé já não façam parte do concurso, pois são a única das sete maravilhas do mundo antigo que sobreviveu à passagem dos séculos, aos cataclismos da natureza e à incúria e à selvajaria dos homens.
Nós estivemos em Gizé há pouco tempo e portanto podemos afirmar com conhecimento de causa que são realmente construções avassaladoras, esmagadoras, absolutamente espectaculares. Dadas as técnicas primitivas de construção que se usavam na altura, pensamos mesmo que as pirâmides de Gizé se podem considera uma das maiores obras de engenharia e de arquitectura de todos os tempos.
Mas não foi só o Egipto, com a retirada das pirâmides de Gizé, que causou problemas à organização do concurso. A UNESCO veio também pôr em dúvida a utilidade do concurso, emitindo um comunicado em que afirma que o concurso em nada vem beneficiar a conservação dos monumentos sob a sua protecção.
Pensamos que os responsáveis da UNESCO não estão a ser muito inteligentes quando dizem isto, pois o objectivo do concurso não é evidentemente a conservação dos monumentos. E não estão a ser muito inteligentes também, porque não vêem que a divulgação a nível mundial dos monumentos que o concurso possibilita contribui para um substancial aumento da procura turística desses monumentos e contribui consequentemente para um aumento das receitas desses monumentos.
E é evidente que esse aumento de receites vai contribuir indirectamente para uma melhor conservação dos monumentos. Não obstante todas estas dificuldades, a verdade é que o concurso está a constituir um enorme êxito, com milhões de votantes e com uma adesão significativa a nível mundial.
Depois destas considerações de ordem geral, vamos em seguida dizer aos nossos leitores qual a nossa votação. E desde já avisamos que a votação deve ser feita até ao dia 7 de Julho na Internet, no site das sete novas maravilhas do mundo. Até à altura em que escrevemos este artigo já votaram mais de sessenta milhões de pessoas. Um desses votos é o nosso e nós escolhemos os sete monumentos que referiremos em seguida, por ordem alfabética.
Esses sete monumentos são: Angkor, a Basílica de Santa Sofia, o Cristo Redentor do Corcovado, a Grande Muralha da China, Machu Picchu, o edifício da ópera de Sydney e o Taj Mahal. Desses monumentos, três situam-se no meio da natureza. São Angkor, a Grande Muralha da China e Machu Picchu. Os quatro restantes situam-se num contexto urbano.
Os três primeiros e o Cristo Redentor são os mais impressionantes. Os três restantes têm uma beleza mais contida, diferente. E é neste último grupo que se situa o mais belo de todos, que é, em nossa opinião, o Taj Mahal. Nós já estivemos em todos estes monumentos e temos muitas fotografias deles no nosso blogue na Internet.
Mas também já visitámos outros monumentos que não foram objecto da nossa escolha para as sete novas maravilhas do mundo, como é o caso do Coliseu de Roma e da Torre Eiffel. E hesitámos muito entre o Coliseu de Roma, a Torre Eiffel e o Cristo Redentor. Mas acabámos por optar pelo Cristo Redentor, devido ao facto deste monumento, aliás grandioso, se situar na cidade mais bela do mundo, o Rio de Janeiro.
No próximo número deste jornal, com o resultado do concurso já conhecido, falaremos detalhadamente dos monumentos por nós escolhidos e referiremos também os monumentos eleitos pelo júri.
AS SETE NOVAS MARAVILHAS
Em 2006 a fundação New 7 Wonders estabeleceu um projeto para escolher as novas sete maravilhas do mundo. Para isso, no dia 1 de janeiro deste ano deu início a um concurso para eleger as novas sete maravilhas, dentre vinte e uma pré-selecionadas. São elas (em ordem alfabética):
O concurso acaba em 6 de julho de 2007. O resultado será divulgado no dia 7 de julho do mesmo ano e metade dos fundos arrecadados no projeto serão destinados à restauração de patrimônios em risco ao redor do mundo. SETE NAVAS MARAVILHAS DO MUNDO
SEGUNDA PARTE
Esta é a segunda parte do nosso artigo sobre as sete novas maravilhas do mundo. Na primeira parte deste artigo falámos da desistência do Egipto e de um comunicado da UNESCO sobre o concurso. E revelámos aos nossos leitores os monumentos que escolhemos na nossa votação para as sete novas maravilhas do mundo. Como prometemos na primeira parte do nosso artigo, iremos agora falar dos monumentos em que nós votámos para o concurso das sete novas maravilhas do mundo. E vamos começar por aqueles monumentos que se situam no meio da natureza. Como devem estar lembrados, esses monumentos são Angkor, Machu Picchu e a Grande Muralha da China.
Em relação a Angkor, o envolvimento do conjunto dos seus palácios e dos seus templos pela natureza é de tal maneira intenso que a natureza quase que devorou as fabulosas ruínas da antiga capital do Cambodja, submergindo as suas fabulosas construções.enlaçando-as e abraçando-as e submetendo-as ao seu inteiro domínio.
Tudo isto aconteceu porque a antiga capital do Cambodja foi invadida por alguns povos vizinhos há mais de cinco séculos, tendo sido nessa altura abandonada pelos seus habitantes e tendo a capital do Cambodja sido mudada para Pnon Pen, que fica trezentos quilómetros mais a sul. Uma situação semelhante aconteceu na vizinha Tailândia, com a mudança da capital, também devido a invasões, de Ayuthaia para Bangkok. Mas não se podem comparar as ruínas de Ayuthaia com as ruínas de Angkor. Angkor é sem dúvida um dos sítios mais belos do mundo.
Vamos agora falar de Machu Picchu, que é unanimemente considerada por toda a gente como o maior ícone da civilização inca. E até é verdade que Machu Picchu é um caso especial dentro do contexto inca, porque é a única cidade inca que não foi selvaticamente destruída pelos espanhóis. Isto deve-se à sua inacessibilidade, pois a cidade de Machu Picchu está de tal maneira escondida que só foi descoberta no início deste século por um explorador francês. E a verdade é que o comboio que nos conduziu de Cusco para Machu Picchu demorou quatro horas a percorrer os cento e vinte quilómetros que separam as duas cidades incas. È que naquele percurso andámos quase sempre a mais de três mil metros de altitude, em pleno altiplano andino. Nós também ficámos a gostar muito de Cusco, especialmente da sua Praça de Armas com a forma de uma puma, que é a forma tradicional das praças incas, Mas infelizmente os palácios e os templos incas foram destruídos pelos conquistadores espanhóis, que em seu lugar construíram igrejas cristãs, uma das quais, a Catedral de Cusco, é aliás um monumento muito belo.
Quanto à Grande Muralha da China, nós apenas conhecemos um pequeno troço, pois a Grande Muralha da China tem mais de cinco mil quilómetros de comprimento. O troço que visitámos fica a cerca de setenta quilómetros de Pequim. Mas o conhecimento dessa pequena parte da Grande Muralha da China foi suficiente para ficarmos com uma ideia da espectacular dimensão de tal obra, que é aliás o único monumento que se pode avistar do espaço.
Analisado o grupo em que incluímos Angkor, Machu Picchu e a Grande Muralha da China, vamos agora debruçar-nos sobre os quatro monumentos do outro grupo. Os monumentos deste grupo têm um carácter diferente, pois são monumentos inseridos em espaços urbanos e não na natureza, como acontecia com o outro grupo.
Para começar, vamos falar do Coliseu de Roma. Nós visitámos o Coliseu aquando do nosso city tour de Roma e ficámos espantados com a grandiosidade do monumento. É realmente um monumento espectacular. Lembra os modernos estádios, pois o seu anfiteatro tem capacidade para cinquenta mil espectadores. O Coliseu, também conhecido como Anfiteatro Flaviano, distingue-se da maior parte dos anfiteatros romanos pelo seu volume e pelo seu relevo arquitectónico.
Em seguida vamos falar da Basílica de Santa Sofia. Tal como o Coliseu se situa no centro da cidade de Roma, também a Basílica de Santa Sofia se situa no centro de Istambul. A Basílica de Santa Sofia não é dedicada a nenhuma santa. Santa Sofia ou Hagia Sophia significa sagrada sabedoria. Quando estivemos em Istambul, visitámos esta basílica e ficámos admirados com a sua a sua espectacular dimensão, que a torna uma das maiores basílicas do mundo. Para sentir a basílica em toda a sua majestosa amplidão arquitectónica, detivemo-nos na entrada, logo a seguir ao nartex, e dirigimos o nosso olhar ao mirab, que se situa no extremo oposto da basílica. E depois mudámos a direcção do nosso olhar e olhámos par cima em direcção à altíssima cúpula da basílica. E também contemplámos longamente os seus famosos mosaicos, que são um dos maiores cumes da arte bizantina.
A Basílica de Santa Sofia foi construída entre 532 e 537 pelo Imperador Justiniano. Era a catedral ortodoxa de Constantinopla, hoje Istambul. Quando os turcos tomaram Constantinopla em 1453 transformaram a basílica numa mesquita. Hoje não é basílica nem mesquita, é um museu.
Os dois monumentos que restam são o edifício da ópera de Sydney e o Taj Mahal. A ópera de Sydney fica num dos lugares mais belos de Sydney, a Sydney Cove, e não pode evidentemente ser dissociada do porto, da enseada e da ponte que a envolvem.
Com o seu fabuloso tecto imitando as velas de um barco, o edifício da ópera de Sydney é um dos símbolos de Sydney e de toda a Austrália. A sua construção, projectada por Jon Utzon, começou em 1959 e terminou em 1973, depois do arquitecto ter abandonado o projecto. Com as suas mil divisões e com um auditório com capacidade para2690 pessoas, a ópera de Sydney que é un edifício realmente espectacular, colocou o continente australiano no mapa das maravilhas do mundo.
Quanto ao Taj Mahal, também o contexto em que está inserido importa muito. O delicado monumento é ladeado por duas pequenas mesquitas e insere-se num parque lindíssimo. E duplica a sua beleza, mirando-se no espelho de água situado á sua frente.
O visitante entra por um pórtico e vê ao longe o Taj Mahal. É uma sensação inolvidável. Apesar de ser um monumento divulgado em todo o mundo por múltiplas imagens, a sensação que temos in loco é a de estar a ver algo novo e algo que é demasiado belo para a dimensão humana do nosso olhar.
É um monumento absolutamente simétrico. As suas cúpulas, as suas semicúpulas e os seus minaretes estão regularmente dispostos. Mas apesar da sua simetria rigorosa, o Taj Mahal é um encanto, mais parece um poema do que um monumento. Com efeito, o Taj Mahal é um delicado poema com métrica e com rimas. Mas a poesia lírica clássica metrificada também pode ser grande poesia. É o caso do Taj Mahal.
Foi um imperador oriundo de Agra quem mandou construir este mausoléu, que é sem dúvida um dos mais belos monumentos que vimos em toda a nossa vida. A sua construção começou em 1631 e terminou em 1653. Esta preciosa jóia arquitectónica foi mandada edificar pelo imperador Shah Jahan, que tinha um império colossal, uma riqueza imensa e uma esposa muito amada, Mumtaz Mahal. Mas Mumtaz Mahal teve complicações e morreu depois do nascimento do seu décimo quarto filho.
Desolado e triste, Shah Jahan, a partir desse fatídico momento, só tinha uma missão: cumprir a promessa, feita à sua esposa, de construir um mausoléu, onde ela seria sepultada. E ele, aliás, também foi enterrado ao lado de Mumtaz Mahal. Esta história romântica, que aconteceu realmente, foi maravilhosa, pois dela resultou um fabuloso edifício todo em mármore e pedras preciosas, que é o grande ícone da Índia.
Este texto refere as maravilhas que foran oobjecto da nossa votação.
O leitor poe ver as sete novas maravilhas escolhidas na votação e Liboa no início deste post do nosso blogue.