A
Mapa dos Estados Unidos
S. FRANCISCO
Na baía de S. Francisco
com a Golden Gate Bridge
No Parque Nacional de Golden Gate
Na Câmara Municipal
Vista de S. Francisco
MONTEREY
A baía com leões marinhos
CARMEL
Uma praça
SANTA BÁRBARA
Uma rua
LOS ANGELES
No antigo teatro dos óscares
Numa praça
HOLLYWOOD
O Hollywood boulrvard, com o Teatro Chinês
No Teatro Kodak, no divã do realizador
ESTÚDIOS DA UNIVERSAL
No Parque Jurássico
No Pavilhão de O Tubarão
Numa praça dos Estúdios da Universal
WASHINGTON
Na Casa Branca
No cemitério Nacional de Airlington
NOVA IORQUE
Nas Nações Unidas
Na Broadway
Na Time Square
Num autocarro turístico, saindo de Time Square
No Buttery Parc
Num cruzeiro para a Liberty Island
No Harlen, na Rua 125
No Haerlen, na Rua 125, com o Teatro Appolo
No Museu de Arte Moderna
com um quadro de Picasso
No Museu de Arte Moderna com
Les Demoiselles d"Avignon, de Picasso
MIAMI
Na Ocean Drive
No Monumento ao Holocausto
Com a Jenny eo Pierre, na Little Havana
EVERGLADES NATIONAL PARC
Um canal do parque
Num cruzeiro no canal do parque
Com um alligator (jacaré americano)
MÉXICO
Mapa do México
CIDADE DO MÉXICO
Em Guadalupe,com a igreja em fundo
Na Praça de Guadalupe, com a igreja de Guadalupe
No zócalo, com a catedral metropolitana
TEOTIIHUACAN
Na cidade azteca de Teotiihuacan
Em Teotihuacan, com a Pirâmide do Sol
Em Teotihuacan, no cimo da Pirâmide da Lua
TACZO
Em Taczo,
cidade das minas de prata
Em Acapulco, cidade turística
RIVIERA MAIA
CIDADE MAIA DE
CHICHÉN ITZÁ
À entrada da cidade maia de Chicchén Itzá
No campo da bola maia
Um baixo relevo com jogadores
Na Pirâmide de Kukulkan de Chichén Itzá
No cenote (rio subterrâneo) de Chichén Itzá)
Na Praça das Mil Colunas, com o
Templo dos Guerreiros em fundo
CIDADE MAIA DE TULUM
Na cidade maia de Tulum
Em Tulum
CARAÍBAS

M
apa das Caraíbas
CUBA
Em Havana, na praça da catedral
Na praia de Varedero
CRUZEIRO NO OCEAN DREAM
No porto de Saint Georges, com o Ocean Dream
Na festa tropical, com uma brasileira
No piano bar ,
com um Drag Queen
Na ilha de Grenada
Na ilha de Grenada
Na ilha de Grenada, com uma grenadina
CRUZEIRO NO PACIFIC DREAM
O Pacific Dream (à direita)
Com o capitão
Na festa tropical
Na praia de Reduit, em Santa Lúcia
com três casais amigos
Na praia de Salinas, na Martinica,
com a linda venezuelana Vanessa
Na praia de Salinas,
com oito mulheres venezuelanas
CRUZEIRO NO OASIS OF THE SEAS
O Oasis of the Seas
Na área das piscinas, no 15º e 16º dck
No Royal Promende, no 5º deck
Em Saint Maarten
Mapa da América do Sul
VENEZUELA
A parede de Simon Bolivar, em Caracas
Em Caracas na Praça Simon Bolivar
com um jovem venezuelano
EQUADOR
Em Quito, na Praça da Independência
Em Quito, na Praça de S. Francisco
Em Quito, no Paecillo, com a Virgem das asas
Na linha do equador
PERU
Em Mchu Pichu
Em Machu Pichu
Em Cusco, no convento
de São Domingos de Gusmão
BOLÍVIA
No Lago Titicaca
Em Copacabana, na Bolívia
Em Copacabana com índios aimaras
Em Copacabana
Em La Paz, na Praça de S. Francisco
Em La Paz, na Praça Murillo
CHILE
Em Valparaíso, com o parlamento do Chile
Em Valparaíso
Em Viña del Mar
ARGENTINA
Dançando o tango em Buenos Aires
Em Buenos Aires
Na Praça de Maio
Em Buenos Aires, no bairro de Boca
Em Buenos Aires
URUGUAI
Na Praça da Independência, em Montevideo,
com o palácio Salvo
Na Praça da Independência,
com a antiga muralha espanhola
Na Praça da Independência
BRASIL
No Museu de Arte Contemporânea,
em Niterói, no Rio de Janeiro
Em Copacabana, no Rio de Janeiro
VIAJANDO NA CALIFÓRNIA
PELA AMÉRICA MARAVILHOSA
S. Francisco e Los Angeles são as cidades mais importantes que visitei na Califórnia. S. Francisco, onde estive três dias, é uma cidade acolhedora, onde convivem sem qualquer problema milhares de negros e de chineses e onde reside uma comunidade gay de milhares de homossexuais, aceite e reconhecida oficialmente desde 1850.
Eu andei por quase toda a cidade, incluindo a célebre Golden Gate Bridge, o bairro chinês e o bairro gay. Os chineses e os homossexuais eram obrigados a viver nesses bairros antes do Presidente Kennedy os ter libertado dessa revoltante restrição aos seus direitos fundamentais. Devido ao grande número de homossexuais que vivem em S. Francisco, a população desta cidade tem tendência a decrescer .
Em S. Francisco fiquei instalado no Hilton, um hotel de luxo com 46 andares, e comi quase todas as refeições no Restaurante Loris, onde apareciam belíssimas garotas. Mas é preciso ter cuidado, pois em S. Francisco uma grande percentagem de miúdas giras são travestis, embora as garotas não deixem de ser bonitas por serem na realidade rapazes. Em suma, S. Francisco é uma cidade fascinante, com a sua enorme amálgama e confusão de raças e de sexos. Só é pena ser tão fria, com temperaturas durante o dia de 20 graus em pleno Julho.
Viajei de S. Francisco para Los Angeles num autocarro de luxo. Durante a viagem, de cerca de 800 quilómetros, quase sempre à beira do Oceano Pacífico, com paragem nas belíssimas cidades de Monterey, Carmel, Santa Maria e Santa Bárbara, tomei contacto com a paisagem urbana e rural da Califórnia. Cheguei Los Angeles cerca da 1 hora da tarde e logo fiquei surpreendido com as suas avenidas, que são autênticas auto-estradas,Instalei-me num hotel ainda mais luxuoso que o Hilton de San Francisco, o Marriott, que fica situado na down town de Los Angeles, a cidade dos ricos. E já agora convém referir que Los Angeles é constituída por 40 cidades, entre as quais se inclui a cidade que foi a principal razão da mjnha viagem à América, a mítica Hollywood.
E assim, nos três dias que passei em Los Angeles, fui todos os dias a Hollywood, a primeira e a segunde vez em visitas guiadas e a terceira vez fui pelos meus próprios meios, o que é relativamente fácil, pois há metro até lá. O problema é encontrar uma estação, pois os habitantes de Los Angeles a quem perguntei onde ficava a estação mais próxima do meu hotel não sabiam, pois nunca tinham andado de metro, e acabou por ser um sul-americano a indicar-me o caminho. Com efeito, a maior parte dos habitantes de Los Angeles não anda a pé, nem de autocarro, nem de metro. Andam quase todos em carro próprio.
Los Angeles é a cidade em que se vendem mais carros na América e as pessoas que não têm carro são desconsideradas, pois comprar um carro em Los Angeles é fácil e é barato. Com efeito, no metro em que viajei para Hollywood e no autocarro em que viajei para a praia de Santa Mónica só se viam pretos, velhos e chineses. Mas se as pessoas que não têm carro são geralmente desconsideradas nos Estados Unidos, já o mesmo não acontece com os indivíduos solteiros, como é o meu caso.
E assim, numa das visitas guiadas a Hollywood, uns mexicanos que pertenciam ao meu grupo perguntaram-me se a minha condição era de solteiro e como a resposta foi afirmativa lamentaram o facto de viver só. Mas o guia, que tinha ouvido a conversa, interrompeu-a e disse que na América só há uma coisa melhor que ser rico e essa coisa é ser solteiro, de tal maneira que um americano solteiro diz sempre a um americano rico: You are rich, but I am single.
A América é um país a sério, quase imaculado no que toca à higiene, desde as sanitas em que as porcarias se não agarram, pois mantêm permanentemente uma quantidade razoável de água depois da descarga do autoclismo, até aos milhares de empregados da limpeza que vi nas ruas e nas praças das cidades da América. Os Estados Unidos são realmente um país exemplar no que toca ao ambiente, de tal maneira que eu viajei no Verão e não vi uma única mosca.
Quando na porta de embarque do aeroporto de Nova Iorque, minutos antes do início da minha viagem de regresso a Lisboa, comecei a ouvir quase toda a gente a falar português, fiquei triste com a perspectiva de voltar para o pequenino país onde nasci e onde vivo. E quando o avião aterrou no aeroporto da Portela, os passageiros portugueses até bateram palmas, coisa que eu nunca tinha visto nos aviões das carreiras americanas.
O que me compensou desta manifestação da parolice lusitana foi o facto da hospedeira que me calhou só falar inglês. E quando lhe disse que ela não gostava de mim, pois não me deixava ir com o saco de viagem entre as pernas e obrigava-me constantemente a colocar o saco debaixo do banco da frente, ela ripostou-me com um belo sorriso: I like you very much. You are very nice» E de tal maneira ela se tornou terna e doce a partir desse momento que eu à saída do avião lhe disse: I am wrong, you like me. Infelizmente, tive que ir para a cidade onde vivo, porque senão podia ter iniciado com esta bela hospedeira uma troca íntima de amorosas palavras em língua inglesa e não só.
A MINHA HOLLYWOOD E A MINHA LOS ANGELES
O SEU CINEMA E O SEU FASCÍNIO
O ano de 2003 há-de ficar para sempre na minha memória como o ano em que pela primeira vez fiz a peregrinação à Meca do cinema, à mítica Hollywood. E digo que fiz essa peregrinação pela primeira vez a Hollywood, porque conto viajar pela América mais vezes, agora que já conheço minimamente o acolhedor povo americano, que me tratou sempre com muito respeito e com muita amizade.
E muito embora tivesse visitado muitas cidades nas minhas deambulações por uma grande parte da nação americana, a verdade é que Hollywood foi a cidade que indiscutivelmente mais me encantou. E o que digo de Hollywood pode alargar-se a todo o conjunto de quarenta cidades que constituem a grande metrópole de Los Angeles. É que o cinema que eu amo e que julgava pertencer só à cidade de Hollywood é afinal um produto de toda a área metropolitana de Los Angeles.
Sim, porque toda a cidade de Los Angeles respira cinema por todos os poros. Fiquei hospedado num hotel de luxo, o Marriott, e a minha suite situava-se na parte da frente do hotel, com vistas para a Figueroa Street, que é uma avenida enorme, uma autêntica auto-estrada. Ora, precisamente numa das transversais da Figueroa Street, a cerca de um quilómetro do Hotel Marriott e muito perto do restaurante onde comi a maior parte das minhas refeições em Los Angeles, estavam a decorrer as filmagens do Homem-Aranha 2 e eu obviamente assisti a elas.
Foram três noites consecutivas em que, depois de jantar na elegante esplanada do restaurante, me deslocava apenas uns cem metros, para assistir às filmagens.E logo notei que a cidade de Los Angeles sacrifica tudo em prol do cinema. O trânsito que é imenso nessa e noutras avenidas da downtown foi totalmente suspenso nas imediações do local das filmagens e os muitos espectadores que conjuntamente comigo a elas assistiram foram mantidos à distância por simpáticos e correctos polícias americanos.
É que o cinema em Los Angeles está em primeiro lugar. Por isso se pode dizer que é toda a Los Angeles e não só Hollywood que é a cidade do cinema. É certo que na cidade de Hollywood propriamente dita e especialmente no Hollywood Walk of Fame (Hollywood Boulevard), com os nomes das principais estrelas gravados no passeio, o sabor e o cheiro do cinema é muito mais intenso e o meu gozo cinéfilo nessa nave central da sétima arte foi portanto muito maior.
E então quando visitei o Teatro Kodak, onde tem lugar anualmente a cerimónia da distribuição dos óscares, eu senti uma emoção igual àquela que experimento
quando entro nas mais belas catedrais. É que, à semelhança de certos templos, o Teatro Kodak até tem uma monumental cúpula. E eu subi pela imponente escadaria que dá acesso aos andares superiores, tendo-me até deitado no chamado divã do realizador, que se destina à última fase dos testes de uma pretendente a actriz.
Supondo que eu era o realizador de um determinado filme e que estava fazer os testes a uma linda e jovem candidata a entrar nesse filme, primeiramente essa candidata teria que fazer provas de dicção, de movimento diante das câmaras, etc., etc. E no fim, como última prova do teste, teria que dormir comigo. Esse é precisamente o sentido irónico do divã onde eu estive deitado, à espera da candidata a actriz, para fazer comigo a última prova, dormir com o realizador, como se pode ver numa das fotografias.
Mas Hollywood não se reduz ao Hollywood Walk of Fame, ao Teatro Kodak ou ao Teatro Chinês, aliás há várias Hollywoods, Hollywood Highland, Hollywood Western, Hollywood Vine, North Hollywood, etc. e vários locais importantes em Hollywood, tais como Beverly Hills, Sunset Boulevard, Universal Studios, etc., etc. Dentre esses locais importantes, cumpre destacar os estúdios da Universal, que são os maiores e que são aliás os únicos que estão aproveitados turisticamente.
Passei lá um dia inteiro, desde as nove da manhã até às nove da noite, visitando tudo o que havia para visitar, desde as cidades dos westerns e dos filmes históricos até ao motel e à casa do filme Psico, de Hitchcock. E também me diverti imenso no Parque Jurássico, onde vi muitos dinossauros ferozes e ameaçadores. E fiz uma viagem alucinante na máquina do tempo, no pavilhão do filme Regresso ao Futuro.
E ainda apanhei uns enormes sustos no pavilhão de A Múmia, sustos que foram compensados com a visita que também fiz ao engraçado pavilhão do meu migo Shrek. Para conseguir ir a todos esses sítios, andei umas vezes num autocarro aberto apropriado e outras vezes utilizei as maiores escadas rolantes do mundo. Enfim tive um grande prazer em visitar os estúdios em que trabalha Steven Spielberg, o maior génio do cinema actual.
UM MEMORÁVEL MUSICAL NA BROADWAY
NUMA MÁGICA VISITA A NOVA IORQUEAproveitei o feriado religioso do dia 26 de Maio para fazermos um fim-de-semana alargado e assim passei cinco dias em Nova Iorque. Já tinha estado em Nova Iorque numa outra visita que fiz aos Estados Unidos da América, que incluiu também as cidades californianas de São Francisco , Monterey, Carmel, Santa Bárbara e Los Angeles.
Nesta viagem, porém, o meu propósito era assistir a um espectáculo num dos teatros da Broadway e também visitar o Museu de Arte Moderna de Nova Iorque, o celebérrimo MoMA, pois na minha visita anterior aos Estados Unidos o Museu de Arte Moderna tinha mudado para Queens, onde funcionou durante bastante tempo numa garagem, em instalações provisórias, enquanto duraram as obras no seu edifício original, situado na 53th Street, perto da Quinta Avenida.
Também aproveitei ara conhecer melhor a cidade de Nova Iorque, percorrendo toda a sua área metropolitana nos excelentes autocarros de dois andares, abertos no andar de cima, da Gray Line Sightseeing Tours. E foi assim que desta vez não me limitei à área central de Nova Iorque, entre a zona do Empire State Building e a zona do Central Park, onde se situam o Metropolitan Museum of Art e o Solomon Guggenheim Museum.
Desta vez, com efeito, percorri a ilha de Manhattan no sentido norte-sul, rumo à downtown, e nesta conformidade fui até ao extremo sul da ilha, em Buttery Park, passando por Greenwich Village, pelo SoHo, por Little Italy, por Chinatown e pelo World Trade Center, onde me associei à sentida homenagem que o guia fez às vítimas do ataque terrorista de 11 de Setembro.
Nesta incursão pela downtown, também fui a Brooklyn e também fiz um cruzeiro, a partir do Battery Park, para a ilha onde se situa a Estátua da Liberdade, a Liberty island, e também para outra ilha, a Ellis Island, onde antigamente os emigrantes tinham que regularizar a sua situação, antes entrarem no porto de Nova Iorque.
Também fiz no dia seguinte um tour em sentido contrário, pela uptown Manhattan, atravessando de autocarro todo o Central Park até ao mítico bairro negro do Harlem, onde parei para almoçar e onde percorri a pé, durante duas horas, os seus sítios mais característicos. Tive alguns problemas, pois os negros que estavam nos passeios da movimentada 125th Street, onde se situa o emblemático Teatro Apollo, não queriam que tirasse fotografias, tendo mesmo uns vendedores ambulantes negros o descaramento de me dizer: no pictures here.
O ambiente que encontrei no Harlem é muito semelhante ao dos filmes de Spike Lee, mas eu consegui desarmar os pretos mais arrogantes com a minha boa educação e com o meu civismo e acabei por tirar as fotografias que pretendia.
Aproveitei o facto de o autocarro que me trouxe de volta do Harlem para a midtown passar muito perto do Museu de Arte Moderna para descer na paragem mais próxima. O museu tem excelentes colecções de arte moderna e contemporânea, que vão desde os pintores impressionistas até aos artistas pop americanos da segunde metade do século XX. O remodelado edifício em que funciona agora o museu, inaugurado em 8 de Novembro de 2004, é um belo e moderno espaço, desenhado pelo arquitecto Yoshio Taniguchi.
Quanto ao espectáculo a que assisti, o musical Chicago, é um musical com a assinatura do genial coreógrafo Bob Fosse. O excelente filme, vencedor de muitos óscares, que foi extraído da peça da Broadway, despertou-nos o interesse para ver o espectáculo teatral.
O teatro onde a peça foi representada, o Ambassador Theatre, fica na 49th Street, perto de Time Square. É um velho e venerável teatro, com enormes dimensões e com vários mezaninos e com uma inclinação tão acentuada que as cabeças dos espectadores da última fila quase tocam no tecto.
Mas o teatro não só é descomunal na sua enorme plateia como tem igualmente um palco enorme. O que é curioso é que a orquestra não actua num fosso, em frente do palco, como é normal nos antigos teatros. Os músicos da orquestra actuam em pleno palco, onde também representam os actores. Curioso foi também constatar que muitas senhoras vão ao teatro com vestidos de noite,apropriados, como era usual no início do século passado.
Quanto ao musical propriamente dito, resta-nos acrescentar que foi um espectáculo memorável, tanto do ponto de vista musical propriamente dito como do ponto de vista das partes faladas, notando-se inclusivamente na peça da Broadway uma harmonia mais conseguida do que no filme entre o enredo propriamente dito e os números musicais. Vencedor de seis Tony Awards, incluindo o de best musical revival, Chicago foi incontestavelmente o mais mágico de todos os momentos mágicos desta nossa mágica visita a Nova Iorque.
VIAGEM AO MÉXICO E A CUBA
Na primeira quinzena de Março de 2005, aproveitei uma parte das minhas férias para conhecer mais dois países: o México e Cuba. O México é um país relativamente grande e por isso tive que optar por um dos inúmeros percursos turísticos que a minha agência de viagens, a Agência Abreu,me apresentou.
E assim, tanto podia optar por conhecer o norte, o centro ou o sul da grande nação mexicana. Optei por um percurso de uma semana pelo centro do México, com uma estadia de quatro dias na cidade do México, à qual se seguiu uma viagem de autocarro até à cidade mineira de Taxco, onde jantei e dormi. E por último rumei a caminho da cidade de Acapulco.
Na cidade do México, que, com os seus vinte e quatro milhões de habitantes, é de longe a maior cidade do mundo, fiquei instalado num hotel mesmo no centro da cidade, na Zona Rosa, e circulei de dia e de noite, com inteira segurança, nas ruas adjacentes ao nosso hotel. Aliás, de noite a animação é enorme, há imensas pessoas a passear nas ruas e ouvem-se por todo o lado os melodiosos sons das canções dos mariachis.
Na cidade do México, visitei as duas basílicas da Virgem de Guadalupe, que é a padroeira das Américas, a Catedral Metropolitana, o Palácio do Governo e o Museu Nacional de Antropologia, onde estão expostos os maiores tesouros das civilizações pré-colombianas mexicanas: aztecas, toltecas, maias, etc.
Aproveitei a minha estadia na capital do México para visitar a cidade sagrada de Teotihuacan, onde se situam as pirâmides aztecas do sol e da lua e o templo azteca da serpente emplumada. Nesta importantíssima zona arqueológica, que fica a 43 quilómetros de distância da cidade do México, percorri os labirintos do templo da serpente emplumada e subi às pirâmides do sol e da lua, que têm cada uma a altura aproximada de 63 metros.
Apesar da grande altitude em que se situa a cidade sagrada de Teotihuacan (2300 metros), não tive qualquer dificuldade respiratória nas subidas às pirâmides e nos demais percursos que nela fiz, o que demonstra que, apesar da minha idade, ainda estou em grande forma. A cidade do México situa-se igualmente a grande altitude (2200 metros).
E depois fiz o percurso entre a capital do México e a cidade das minas de prata de Taxco, em pleno planalto alto mexicano, passando por cumes com mais de 3000 mil metros de altitude, num percurso em montanha russa verdadeiramente espectacular. O percurso entre a cidade do México e a cidade de Taxco é na realidade fascinante, pois vemos ao longe os vapores dos vulcões em plena actividade desta região eminentemente sísmica e vulcânica.
A cidade de Acapulco, que se situa na costa do Pacífico, é maravilhosa pelas suas praias, que já foram os paraísos turísticos preferidos dos americanos ricos. Aproveitei a minha estadia de dois dias para nadar na piscina e na praia privativas do hotel onde fiquei hospedado.
De Acapulco voei para Havana, onde estive durante quatro dias. Havana é uma cidade muito bela e os cubanos (e também as cubanas) são gente muito simpática e acolhedora. O centro histórico da cidade, La Habana Vieja está muito bem preservado e foi considerado património mundial pela UNESCO. Outro sítio de que gostei muito foi a baía de Havana, por onde passeei todos os dias e onde assisti às festividades do Carnaval cubano. A baía de Havana, com a sua excelente avenida marginal, o admirável Malecon, é sem dúvida uma baía comparável às mais belas baías do mundo.
A minha presença em Cuba terminou com uma estadia de uma semana numa das praias de Varadero, a praia do Hotel Meliá Varadero, que fica a 145 quilómetros a oeste de Havana. A estância balnear de Varadero é uma língua de terra de 19 quilómetros de comprimento e 800 metros de largura e tem inúmeras praias, a maior parte das quais são espaços de lazer privativos dos hotéis de luxo que se espalham por toda esta formosa península inteiramente vocacionada para o turismo.
UMA
VIAGEM DE SONHO NO MAIOR NAVIO DO MUNDO
Já fiz dois cruzeiros nas Caraíbas, mas resolvi fazer um terceiro cruzeiro
nessa zona do globo que tem ilhas paradisíacas e belas praias selvagens
rodeadas de coqueiros e de palmeiras. Mas desta vez o motivo principal foi o
navio em que viajei. É que viajei no maior navio do mundo, maior que o Titanic
ou o Queen Mary, o Oasis of the Seas. É um navio moderníssimo, muito recente,
pois foi construído em 2003 e foi lançado ao mar em 2008. A minha primeira
opção até foi fazer um cruzeiro nos Emiratos Árabes Unidos, com partida do
Dubai. Mas a possibilidade de viajar no Oasis of the Seas entusiasmou-me tanto
que optei por um cruzeiro nas Caraíbas no maior navio do mundo. A minha agência
de viagens, a Berrelhas Turismo, de Viseu, conseguiu arranjar-me uma promoção
numa cabine interior. Mas convém esclarecer que a cabine era uma cabine ampla e
luxuosa. E convém esclarecer também que o preço foi muito superior aos preços
que tinha pago nos cruzeiros da Pullmantur. É que um cruzeiro no Oasis of the
Seas é realmente um cruzeiro de ricos. Havia no navio pessoas que optaram por
suites e que pagaram só pelo cruzeiro, independentemente da parte aérea, cerca
de 4000 euros.
A companhia proprietária do Oasis of the Seas é a Royal Caribbean, uma
companhia americana que é a maior do mundo. A nossa viagem foi das primeiras do
Oasis of the Seas, pois o navio fez a sua viagem inaugural em Dezembro de 2009.
O navio estava ancorado num porto perto de Miami. Tive portanto que voar
previamente de Madrid para Miami. E como não conhecia esta importante cidade
dos Estados Unidos, aproveitei para conhecer Miami e também para conhecer o
Everglades National Park, que é um dos mais importantes parques naturais do
mundo. E desde já sublinho que foi só no Parque Everglades que me apercebi da
natureza pantanosa do Estado da Florida. A grande atracção do parque é o
alligator, uma espécie de jacaré muito rara, que aparece no meio das ervas
altas e afiadas (glades) que dão o nome ao parque. Quanto a Miami, Miami, com
os seus rios, os seus canais e o seu mar, é para mim a Veneza da América do
Norte. Aliás, Miami é um nome índio que significa muita água.
Mas a parte mais importante desta viagem foi o cruzeiro no navio Oasis of the
Seas. No dia aprazado para a partida, deixei Miami e dirigi-me ao porto de Fort
Lauderdale, onde estava o Oasis of the Seas. E a minha primeira impressão ao
ver o navio foi de grande espanto, pois o Oasis of the Seas mais parecia um
arranha-céus. O navio tem 16 andares e o seu comprimento é de 360 metros. O
navio é tão grande que demorei mais de uma hora para chegar à minha cabine. Os
três primeiros dias que passei no navio foram de navegação. Aliás, o Oasis of
the Seas só atracou em três ilhas, Saint Thomas, Saint Maarten e Bahamas, pois
poucas ilhas das Caraíbas têm portos suficientemente grandes para poderem
receber tal navio. E eu aproveitei os três primeiros dias de navegação para
conhecer o navio.
E assim, no segundo dia passei toda a manhã no Royal Promenade, no 5º deck, que
é uma autêntica rua no interior do navio, mas uma rua deslumbrante, cheia de
bares, de cafés, de restaurantes, de esplanadas e de lojas luxuosas. Nessa rua,
que é um autêntico passeio de reis, os reis, no critério da Royal Caribbean,
são os passageiros. E a verdade é que neste barco de luxo os passageiros têm
tratamento de reis. No segundo dia passei toda a manhã no Central Park, no 8º
deck, que é um frondoso parque tropical a céu aberto. Tem árvores, tem
arbustos, tem vegetação, tem tudo para ser um parque. E ao cair da tarde até se
ouve o canto das aves, suponho que através de uma gravação. A área das
piscinas, dos jacuzzis e do solário situa-se no 15º deck. No 16º deck está o
restaurante com serviço de buffet. E para abrir o apetite, neste deck também se
pode fazer surf num simulador de ondas. No Board Walk, situado no 6º deck,
podemos andar no primeiro carrossel instalado num navio. O Oasis of the Seas
tem também um bar, o Rising Tide Bar, que se movimenta para cima e para baixo
do 5º para o 8º deck e vice-versa. Os leitores podem ver fotos deste bar, bem
como de outros espaços do navio e também de Miami e do Parque Everglades, no
meu blogue de viagens pelo mundo. O navio tem ainda um enorme casino o Casino
Royal, e quatro grandes teatros, o Aqua Theater, o Studio B, o Comedy Live e o
Opal Theater. Os espectáculos a que assisti foram todos de grande nível.
Viajaram neste cruzeiro 6000 passageiros, metade dos quais eram
norte-americanos. O que é curioso é que iam no barco 90 portugueses e apenas 60
espanhóis. E iam 190 brasileiros. Ouvia-se muito a língua portuguesa em todos
os sítios do navio. Todos os passageiros com quem contactei foram muito
simpáticos para comigo, inclusivamente uma senhora da alta sociedade de Boston,
a mais fechada de todas as altas sociedades do mundo. Conheci essa senhora no
parque tropical do navio e essa senhora logo se dispôs a tirar-me algumas
fotografias. Depois sentei-me num banco do parque e conversámos durante mais de
meia hora. A senhora de Boston falava com uma certa afectação, mas foi sempre
tão simpática para comigo que esses momentos que passei com a senhora de Boston
no Central Park foram dos momentos mais felizes da minha vida. Mas tanto no
Central Park, como no Royal Promenade, como noutros lugares do Oasis of the
Seas, passei momentos absolutamente inesquecíveis. Enfim, foi uma viagem de
sonho no maior navio do mundo.
MA VISITA MARAVILHOSA
ÀS CIDADES INCAS E A OUTRAS
BELAS CIDADES DA AMÉRICA DO SUL
Já há muito tempo que sonhava visitar as principais cidades da América do Sul hispânica, incluindo as cidades da cordilheira andina e os lugares sagrados dos incas. O império inca incluía o Equador, o Peru, a Bolívia, o noroeste da Argentina e o norte do Chile. E as suas cidades situavam-se sempre a grande altitude, pois nesses espaços com mais de três mil metros acima do nível do mar os incas sentiam-se mais perto dos seus deuses do espaço etéreo superior, o Sol, a Lua e o Deus supremo criador, Viracocha.
Visitei as cidades e os lugares mais importantes deste enorme império. E comecei por Quito, a capital do Equador, que se situa a cerca de três mil metros de altitude e cuja parte antiga desce em cascata desde o morro mais alto, o Panecillo (pequeno pão), donde a Virgem das asas de Quito olha com amor a sua cidade. E percorri toda a cidade antiga, património mundial da UNESCO, com a jovem Daniela, uma simpática guia, e ainda fui com ela à linha do equador (la mitad del mundo), onde no dia do solstício do Inverno, em Junho, uma estaca ao meio dia não faz qualquer sombra.
A seguir visitei Cusco e Machu Picchu, no Peru, ambas cidades património da UNESCO. Machu Picchu é muito importante, pois é uma cidade inca quase totalmente preservada, já que beneficiou da circunstância de ser quase inacessível e por isso escapou ao fanatismo religioso e à fúria destruidora dos conquistadores espanhóis.
Com efeito, ainda hoje é muito difícil chegar a Machu Picchu. É preciso primeiro apanhar um comboio em Cusco, que percorre os cento e vinte quilómetros que separam Cusco de Machu Picchu em quase quatro horas, serpenteando lentamente entre as montanhas e os desfiladeiros dos Andes.
E chegados à estação de Aguas Calientes, é necessário primeiro subir num autocarro até próximo de Machu Picchu e depois seguir a pé por caminhos pedregosos, que lembram as antigas estradas romanas. Mas vale a pena o esforço, pois Machu Picchu é um dos lugares mais belos do mundo.
Quanto a Cusco, palavra quíchua (língua inca) que significa o umbigo do mundo, é uma cidade perfeita que os invasores espanhóis descaracterizaram um pouco, sem no entanto a desfigurarem totalmente. Foi a capital incontestável do imenso império inca e ainda hoje é a mais genuína cidade inca da América do Sul andina.
Então a sua Praça de Armas, com a característica forma de um puma, é a melhor prova do génio urbanístico da civilização inca. Os invasores espanhóis, comandados por Francisco Pizarro, destruíram os templos incas que lá encontraram e em seu lugar construíram quatro igrejas cristãs, entre as quais a catedral de Cusco. E ainda houve o episódio trágico e caricato da condenação à morte do último imperador inca, Atahualpa, por se ter recusado a converter-se ao cristianismo.
E tudo isto aconteceu depois do imperador inca ter oferecido uma quantidade enorme de ouro e de prata aos espanhóis em troca da sua vida e da sua liberdade. Os espanhóis ficaram com o ouro e com a prata, mas mantiveram a condenação de Atahualpa à morte e ainda o obrigaram a baptizar-se, para lhe darem uma morte por enforcamento, menos infamante do que a morte pela fogueira a que o tinham primeiramente condenado.
Felizmente que os pintores incas que intervieram na decoração da catedral de Cusco se vingaram, pintando a Virgem Maria com as formas da Pacha Mama, deusa inca da terra e da fertilidade, e pintando Judas com as feições do sanguinário conquistador espanhol Francisco Pizarro. E é claro que o maior valor da cultura e da religião inca acabaram por vir ao de cima. E é por isso mesmo que hoje a Praça de Armas de Cusco, não obstante as suas quatro igrejas, é bela por ser uma praça inca e não por ser uma praça cristã.
Para terminar o meu périplo pelos lugares sagrados dos incas, visitei a cidade de La Paz e o Lago Titicaca, na Bolívia, ambos com uma altitude de mais de quatro mil metros. Andei mais de trezentos quilómetros por montanhas cheias de neve e passeei no meio de homens e mulheres, índios e índias aymara, em Copacabana e na Ilha do Sol.
Das restantes cidades que visitei, Caracas (Venezuela), Santiago e Valparaíso (Chile), Buenos Aires (Argentina), Montevideo (Uruguai) e Rio de Janeiro (Brasil), a maior surpresa foi sem dúvida a cidade de Buenos Aires, que é uma cidade realmente maravilhosa, com o seu monumental Rio de la Plata, o rio mais largo do mundo (100 quilómetros), com a sua espectacular Avenida 9 de Julho, a avenida mais larga do mundo (140 metros), e com a sua belíssima Praça de Maio, onde se situa a Casa Rosada, residência oficial do Presidente da República. E ainda assisti a um inolvidável show de tango, no Teatro Carlos Gardel.
Valparaíso, cidade chilena património da UNESCO, que visitei antes de Buenos Aires, também é uma cidade lindíssima, com os seus quarenta e cinco morros a descerem até ao porto. Quanto à última cidade que visitei, o Rio de Janeiro, já lá tinha estado há três anos e portanto já sabia que o Rio é a cidade mais bela do mundo. Desta vez limitei-me a relaxar nas alvas areias da praia de Copacabana e apenas fiz um tour até Niterói, que era o único sítio do Rio de Janeiro que ainda não conhecia. E assim terminou em beleza esta fabulosa viagem por quase todos os países da América do Sul.
HERÓIS, DEUSES E OUTRAS CURIOSIDADES
HERÓIS NACIONAIS
VENEZUELA - SIMON BOLIVAR
EQUADOR - ANTÓNIO JOSÉ DE SUCRE
URUGUAI - JOSÉ ARTIGASDEUSES INCAS
VIRACOCHA – DEUS SUPREMO
DEUS SOLDEUS DO ARCO-ÍRIS
PACHAMAMA , MÃE TERRA
CULTURA INCA
ATAHUALPA – ÚLTIMO IMPERADOR INCA
CUZCO – UMBIGO DO MUNDO
TRAJE DAS MULHERES INCAS
NATIVE WOMEN WEARING
CHAPÉU DE FELTRO
(SEMICIRCULAR FELTHAT)
PONCHO (XAILE)
SAIA RODADA (WIDE SKIRT)
CIDADE DE COPACABANA
(LAGO TITICACA - BOLÍVIA)
Copacabana é a principal cidade do do Lago Titicaca na Bolívia, de onde partem os barcos que fazem a visita à Ilha do Sol, uma ilha sagrada dos incas. Está localizada há 3.841 metros acima do nível do mar e a 155 Km, de La Paz. Faz fronteira com o Peru. O nome deriva da expressão kota kahuana do dialecto aymara, que significa vista do lago. Em Copacabana está a igreja de Nossa Senhora de Copacabana, onde se encontra uma das imagens mais adoradas na Bolívia da Virgem Maria.
No século XIX uma réplica da imagem da Virgem Maria foi levada para o Rio de Janeiro, no Brasil, onde foi criada uma pequena igreja para a Nossa Senhora de Copacabana, construída por comerciantes espanhóis. O nome da igreja de Nossa Senhora de Copacabana foi-se difundindo e acabou por dar o nome à Rua Nossa Senhora de Copacabana e à baía de Copacabana.
A ORIGEM DO NOME DA AMÉRICA
E DA VENEZUELA
Américo Vespúcio, Alonso de Ojeda e Juan de la Cosa foram os primeiros navegadores a explorar a costa da Venezuela em 1499. O navegador que dá o seu nome ao continente americano é o italiano Américo Vespúcio. Américo Vespúcio é considerado o grande descobridor da América. Mas isso não tem rigor histórico, pois Cristóvão Colombo foi o primeiro navegador a chegar à América. Américo Vespúcio chegou ao novo mundo alguns anos depois. E assim no dia 24 de Agosto de 1499 Américo Vespúcio e os outros navegadores seus companheiros chegaram ao lugar onde hoje é o Lago de Maracaibo e aí encontraram nativos cujas casas estavam construídas sobre estacas de madeira fixas no referido lago (palafitas). Américo Vespúcio achou aquelas construções semelhantes às da cidade de Veneza e por isso chamou a região de Venezuela, ou seja, pequena Veneza.
Por outro lado, Martin Fernández de Enciso, um geográfo que acompanhava a expedição, afirma na sua obra Summa de Geografia (1519) que junto ao lago existia uma grande rocha plana, em cima da qual havia um povoado indígena conhecido como Veneciuela. Assim, o nome Venezuela até pode ser nativo. No entanto, a primeira versão permanece como a mais divulgada e aceite.
A ORIGEM DO NOME
THE BIG APPLE E DE OUTROS
NOMES DE NOVA IORQUE
Estive duas vezes em Nova Iorque e em ambas as vezes ouvi falar da cidade como sendo The Big Apple (a grande maçã). Mas só muito mais tarde soube a origem do nome The Big Apple e as razões da atribuição deste nome a Nova Iorque.
E as razões são as seguintes. Na década de 30, uns músicosde jazz usavam o nome de um nightclub do Harlem, The Big Apple, para se referirem a toda a vizinhança. E o nome eventualmente ficou conhecido em toda a cidade. The Big Apple ressurgiu no início da década de 70 e foi utilizada pela Agencia de Convenções e Turismo de Nova Iorque para a promoção do turismo, com grande sucesso.
Mas outros atribuem a origem do nome The Big Apple a uma coluna de corridas de cavalos de um jornal da cidade, o New York Morning Telegraph. A coluna foi escrita por John J. Fitzgerald nos anos trinta, referindo-se às corridas de cavalos de Nova Iorque como corridas arround The Big Apple.
Outros associam o nome The Big Apple a uma prostituta francesa que no início do século passado teria aberto um bordel na Bound Street, em Nova Iorque. Essa prostituta chamava-se Evelyn, em inglês Eve. E daí o nome The Big Apple, pois a maçã é o fruto do pecado, associado à prostituta, ao bordel e à cidade de Nova Iorque.
Jazz, corridas de cavalos e sexo estão na origem do nome The Big Apple. E assim de Nova Iorque se diz que há muitas maçãs, mas só uma grande maçã (there are many apples, but only a big apple).
As ruas e nomes de lugares em Nova Iorque reflectem a nacionalidade de seus colonizadores. Foram os holandeses que fundaram Nova Iorque, a quem deram o nome de Nova Amsterdão. E foram também os holandeses, que deram o nome ao bairro do Harlem, que também é um lugar perto de Amsterdão. E o nome do distrito de Brooklyn tem a sua origem em Breuckelen, uma pequena cidade na região de Utrech.
Quanto À palavra Manhattan evoluiu de Manhatta, nome indígena americano. Com efeito, o distrito de Manhattan foi comprado pelos holandeses aos índios em 1776 por uma ninharia.
Quanto ao Rio Hudson, deve o seu nome a Henry Hudson que lá chegou em 1609 e deu o nome ao rio. Quanto à designação actual da cidade, é uma homenagem ao duque de York, irmão do rei Carlos II de Inglaterra, marido da rainha portuguesa Catarina de Bragança.
A ORIGEM DO NOME
DE LOS ANGELES
LOS AMGELES
A cidade de Los Angeles foi fundada durante a ocupação espanhola. Efectivamente, houve um período de tempo em que os colonizadores espanhóis ocuparam o território em que actualmente se situa o Estado da Califórnia. Seguiram-se os mexicanos, que ocuparam apenas uma parte, a parte sul do actual Estado da Califórnia. Só muito depois, no fim da conquista do Oeste, é que os Estados Unidos invadiram o território e fundaram o respectivo Estado.
Durante a minha viagem pelo Estado da Califórnia, as cidades mais importantes que visitei foram S. Francisco, Los Angeles e Monterey. A cidade de Monterey também é importante, por ter sido a capital da Califórnia durante a ocupação espanhola. Los Angeles á a maior cidade da Califórnia e é uma das maiores cidades dos Estados Unidos. No entanto, não é a capital do Estado, a capita do Estado é Sacramento, uma modesta cidade situada no norte do território.
Quando fiz o city tour de Los Angeles, parei numa pequena igreja, aparentemente sem qualquer importância. Mas o guia disse-me que o nome de Los Angeles tinha a sua origem naquela igreja. O nome da igreja é o seguinte: IGRJA DE SEÑORA Y DE LOS ANGELES DE PORCIÚNCULA. Ora o nome oficial da cidade é LA CIUDADE DE NUESTRA SEÑORA Y DE LOS ANGELES DE PORCIÚNCULA e derivou precisamente do nome da igreja. LOS ANGELES é a abreviatura do nome oficial da cidade.
A ORIGEM DO NOME DA ILHA DE CUBAO nome da ilha de Cuba, nas Caraíbas, foi-lhe dado por Cristóvão Colombo, durante a sua viagem da descoberta do novo mundo, que teve lugar em 1492. Cristóvão Colombo deu o nome da sua terra natal, a vila de Cuba no Alentejo, à ilha das Caraíbas. Mas tratou-se de uma segunda escolha, pois o primeiro nome escolhido foi Joane, admite-se que em honra do Rei D. João II. Convém acrescentar que Cuba foi a quinta ilha descoberta por Cristóvão Colombo e que os nomes dados pelo valoroso almirante dos mares às quatro anteriores ilhas foram todos nomes portugueses. Cristóvão Colombo fez a viagem de descoberta da América ao serviço dos reis católicos de Espanha, devido ao facto do Rei D. João II de Portugal se ter recusado financiar essa expedição. Durante muito tempo os historiadores defenderam a tese de que Cristóvão Colombo era oriundo de Itália e mais precisamente de Génova, que era de origem humilde e que tinha o nome italiano de Cristoforo Colombo. Mas esta tese é inverosímil, pois não explica como é que um italiano de origem humilde tenha sido recebido pelo rei português D. João II e pelos reis católicos de Espanha. E também é inverosímil, devido ao facto do apelido Colombo não ser usado nessa época em Itália.
No entanto, recentemente, contrariando as teses em voga, o historiador português Mascarenhas Barreto perfilhou a tese muito mais verosímil de que o ilustre navegador teria nascido em 1448 em Portugal e que a terra da sua naturalidade teria sido a vila de Cuba, no Alentejo. E Mascarenhas Barreto ainda referiu que o nascimento de Cristóvão Colombo em Cuba se deveu ao facto de ser filho ilegítimo de D. Fernando, duque de Beja e segundo duque de Viseu e irmão do rei D. Afonso V, e da sua amante Isabel Sciarra da Câmara, filha do navegador português João Gonçalves Zarco, descobridor do arquipélago da Madeira. O local de nascimento escolhido foi Cuba, para fugir aos murmúrios e ao escândalo, dada a condição de filho ilegítimo de Cristóvão Colombo. Nascido numa família de navegadores, não é estranho que Cristóvão Colombo tenha iniciado a sua vida marítima aos 14 anos, nas caravelas portuguesas. Nascido numa família nobre, de sangue real, também não é estranho que tenha sido recebido por D. João II, seu primo, e pelos reis católicos. E também não é estranho que tenha posto o nome de uma terra portuguesa, a sua terra natal, à ilha de Cuba. Como acontece com muitas ilhas das Caraíbas, Cuba tem portanto um nome português.
BIOGRAFIA DE ANTÓNIO ROCHA
O nome do
literário do autor deste livro, Viagens no Novo Mundo, é António Rocha. O autor
já escreveu outro livro, O Fascínio do Oriente, cuja publicação ocorreu em
2011. António Rocha nasceu em Viseu, Portugal, em 1938, e já tem portanto uma
idade avançada e uma vida longa. Tem o curso de Direito, tendo-se licenciado na
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Exerceu a advocacia durante
muitos anos, mas encontra-se atualmente na situação de reformado. Trabalhou
também como diretor da Biblioteca Municipal de Viseu e como técnico superior da
Câmara Municipal de Viseu.
Também frequentou o curso de cinema da Escola Superior de
Cinema do Conservatório Nacional de Lisboa. O cinema é uma das suas grandes
paixões e daí ser um cinéfilo e um cineclubista militante. Vertigo, de Alfred Hitchcok, é para ele o
melhor filme de sempre, mas considera Charles Chaplin o maior génio do cinema
de todos os tempos. A leitura e a escrita são outras das suas grandes paixões e
por isso é um leitor compulsivo e um escritor. Quanto à leitura, os seus
autores preferidos são Tolstoi, Dostoievski,
Proust, Joyce, Faulkner, Hemingway , Steinbeck Scott Fitzgerald e John dos Passos. E em
Portugal gosta de Camões, Fernando Pessoa, José Saramago e Eça de Queirós.
Viajar é também uma das suas paixões e é igualmente uma
paixão avassaladora, pois em onze anos já fez inúmeras viagens, já visitou
todos os continentes, já conhece portanto quase todo o mundo. É de algumas
dessas viagens que o autor vos vai falar neste livro. Mais precisamente,
António Rocha vai recrear nesta obra, a partir de apropriados textos e de
sugestivas imagens, as viagens que fez no novo mundo descoberto por Cristóvão
Colombo, percorrendo quase todo o continente americano. Espero que os leitores
gostem de viajar com o António Rocha. Boa viagem e boas leituras.